#Resenha A Febre

Oi amigos, hoje vou falar um pouco sobre o livro escolhido para o Clube do Livro Intrínseca deste mês. Vamos lá?

A Febre - Megan Abbott

272 páginas - Editora Intrínseca
A Febre conta a história de um grupo de amigas de 16 anos (Deenie, Lise e Gabby) de uma escola secundária de Dryden. As meninas da escola participaram de uma campanha de vacinação contra o HPV. Para quem não sabe, esta vacina existe mesmo, e é usada para prevenir o câncer de colo de útero. São ministradas três doses. Aqui no Brasil, a campanha é feita com meninas entre 9 e 11 anos. No livro, as meninas que receberam a última dose tem 16 anos.
A vacina era encarada com certa desconfiança, e piorou quando Lise teve uma forte convulsão na escola. No ataque ela ainda bateu forte com a cabeça no chão, o que agravou ainda mais seu estado de saúde. Lise acabou ficando em coma.
O caso tomou proporções gigantescas e logo em sequência outras meninas começaram a passar mal, terem convulsões e tiques. O colégio ficou em polvorosa, e todos estavam com medo.
Ninguém sabia explicar o que realmente estava acontecendo. Exames estavam sendo feitos e ninguém chegava a uma conclusão.
O problema era que tanto Deenie quanto Gabby, não tinham certeza se era mesmo a vacina a culpada, pois dias antes elas tinham mergulhado no lago proibido da cidade. Não me perguntem o porquê do lago ser proibido, isso não ficou claro. Poderia ser poluição simples ou até química, não sei.
O fato é, que o trio de amigas, mais a Sky, que ultimamente não desgrudava da Gabby, foram ao tal local proibido.
Pesava também o fato que Deenie, que era filha de um professor da escola, o prof. Tom, e irmã do gostosão do pedaço (Eli), tinha certeza que a crise de Lise era culpa unica e exclusivamente dela. Será? E por que ela acha isso?
Há uma enorme comoção na escola, até a polícia é chamada para investigar o caso, assim como a secretaria de saúde, por conta da desconfiança da vacinação. Os pais estão em polvorosa, sem saber o que fazer. No meio deste caos, Eli chegou a ser acusado pela mãe de Lisa (uma surtada diga-se de passagem) que ele era o verdadeiro culpado de tudo. Pois segundo o raciocínio dela, senão fossem garotos lindos e desejados como ele, os pais não precisariam vacinar suas pobres filhas... Eu disse que a mulher era surtada...
Deenie não sabia o que pensar e queria descobrir tudo o que estava acontecendo. Ela foi a fundo e descobriu algo que nem em seus piores pesadelos poderia imaginar. Agora ela precisava correr, pois seu próprio irmão poderia estar correndo perigo. Aliás, todos poderiam ser afetados.
Gostaram? Pois é, mas já aviso para não irem com tanta sede ao pote. Megan tinha um bom enredo em mãos, o problema foi que seus personagens femininos são bem idiotas. A autora criou várias ideias para poder finalizar o mistério, mas quando chegamos a conclusão... "What?" Como assim? Ou falando um português ainda mais claro: "Que p* é essa?!"
O livro sai de um lugar, percorre vários caminhos e acaba se perdendo. A autora não se aprofunda em nenhuma das ideias que ela mesma levantou. Houve sim um bom suspense, mas foi só, o resto acabou se perdendo dentro da própria história.
Eu gostei do pai de Deenie e Eli. A mãe deles largou a família, e o pai virou pai e mãe, e deu para perceber que os filhos confiavam nele. Achei bonito isso. Também gostei do Eli, apesar de ser o gostosão do pedaço, ele não era um cretino. Tratava as meninas bem, cuidava da irmã. Pela descrição que foi feita dele, acabei simpatizando com ele.  E foi só.
Parece meio duro oque estou falando, mas acreditem, não cheguei a tudo isso sozinha. As pessoas que participaram do Clube do Livro também não ficaram nada satisfeitas com o enredo. E o grande vilão foi mesmo o final sem graça que a autora inventou. Pelo menos pude perceber que eu não era a chata exigente da vez :)
Caso alguém venha a ler, só posso desejar boa leitura!

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