Oi amigos, hoje é dia das resenhas duplas! Esta será minha e da Olívia, espero que gostem. Primeiro a opinião da Olívia:
336 páginas - Editora Arqueiro
Acredito ser muito suspeita ao falar desse livro, se existe uma pessoa que ama ficção científica, essa sou eu. Se você também gosta, esse livro é perfeito! Mescla humor com ficção científica em doses certas com um desenvolvimento eletrizante e com dados técnicos explicados de forma concreta e clara, dando a entender todo o contexto. Amei esse livro!
Mark Watney não morrera como toda a tripulação pensou. Na verdade quando a tempestade de areia com ventos mais fortes que 150 km/h (o suportado pelo VAM) chegou até eles no solo de Marte, tiveram de abandonar o Hab (é o mais perto de um centro de pesquisa e local de acomodação para eles) para irem pegar o VAM (Veículo de Ascensão de Marte) para chegar até a nave Hermes e abortarem por completo a missão de Ares 3, nesse momento, a antena do Hab ao se desacoplar dele atinge Mark em cheio no peito, o perfurando e o jogando colina abaixo.
Seu traje fora danificado, então o monitoramento do traje dele interligado com os outros tripulantes envia a mensagem de que ele estava com a pressão arterial zero e eles não têm escolha a não ser deixar o corpo dele em Marte, e pegar o VAM (que por não tolerar ventos maiores a 150 Km/h esta prestes a tombar, tirando a única oportunidade de todos de alcançarem a Hermes e de retornarem a Terra). Só que, na verdade, Mark só estava ferido, sangrando, debruço na areia de marte com a antena enfiada no seu peito. Com a coagulação do sangue e a pressão exercida da antena, ocorre uma sutura no traje e ele não morre.
Assim começa seu projeto “Mark Watney não vai morrer”. Sua luta pela sobrevivência e a esperança de uma forma de comunicar a Terra que ele se encontra vivo.
A Narrativa é em primeira pessoa sob o ponto de vista de Mark em Marte, e em terceira pessoa quando foca na Terra e na tripulação de Hermes, com um toque de humor, e com partes eletrizantes, que me deixou o tempo todo pensando em como ele ia sair da situação. Pois pense, ele estava sozinho, sem comunicação, e todos pensando que ele estava morto!
No decorrer da leitura há diversos conceitos científicos de química, física e botânica, de forma simples e explicativa, assim, mesmo que você não saiba muito sobre essas ciências não vai ter problema algum ao ler o livro, a não ser aprender algo bem
construtivo. Para mim essas partes foram ótimas, mas para aqueles que não gostam de termos científicos e explicações, pode ocorrer enfado já que é algo bem presente.
O desenvolvimento se dá de forma satisfatória para todos os personagens, tendo como principal Mark, e secundários os tripulantes da Hermes: Alex Vogel, Chris Beck, Lewis, Rich Martinez e Johanssen; e os chefões da Nasa: Teddy Sanders e Venkat Kapoot. E, vários outros, que intercalados com suas especialidades no decorrer da história se faz necessário. Apesar de serem muitos os personagens, o autor não se perde na escrita e nem deixa algum sem dar sentido no texto. É um texto bem elaborado, o autor sabia o que estava fazendo e onde queria chegar. Mark tem um carisma fora do comum devido sua forma humorada em resolver e superar as adversidades, o que traz a ele mais chance de sobreviver ao impasse em que se encontra. Cada um dos tripulantes demonstram companheirismo, cuidado com todos, lutando contra dogmas e imposições da Nasa. Não dá para falar de todos os personagens, uma que revelaria muito do livro e a surpresa nessa leitura é algo primordial. Gostei bastante do desenvolvimento desse livro.
Algo que fica bem exposto durante a leitura é a diferença entre saber algo e vivenciar. Saber é conhecimento, vivenciar é passar pela experiência, gera emoções, e muitas vezes não tão boas quanto você desejaria. Mark passa esse sentimento de estar vivenciando aquilo que ele estudou poder ocorrer em uma de suas missões. Essa consciência é bem firmada e concreta, e bem real para qualquer um.
Por fim, só tenho que dizer que amei o livro, que fazia tempo que um livro não satisfazia minha sede por algo novo com um sentimento de desejo de mais. Foi uma grata surpresa! Vai ter uma adaptação para o cinema e deve estrear em 2015, um filme que vou querer assistir.
Vocês devem estar se perguntando como uma pessoa se perde em Marte. Pois é, Mark Watney conseguiu. Este astronauta botânico que fazia parte da missão Ares 3, estava em Marte junto com outros tripulantes, Alex Vogel, Chris Beck, Lewis, Rich Martinez e Johanssen quando todos foram surpreendidos por uma forte tempestade de areia, tão comum na região.
Indo em direção à VAM (Veículo de Ascensão de Marte), Mark é atingido e desaparece no meio da tempestade. Antes de ser encontrado pelos seus companheiros ele é dado como morto e a tripulação que está em perigo, é obrigada a sair rápido de Marte.
Acontece que Mark não morreu, apenas ficou desmaiado e com seu traje rasgado, motivo pelo qual toda a tripulação não encontrava os sinais de vida dele e o considerou morto.`
Agora sozinho e sabendo que um futuro resgate só seria possível dali há uns 4 anos, Mark teria uma difícil missão pela frente, além de se manter vivo todo este tempo em um planeta totalmente desabitado e deserto, ainda teria que dar um jeito de se comunicar com a Terra e avisar que estava vivo.´
Situação complicada esta do nosso amigo! Mas ao contrário do que muitos fariam, ele não entregou os pontos, e colocou seu cérebro para funcionar. Tomando providências básicas para sua sobrevivência, Mark começa a elaborar um plano que o mantenha vivo até que alguma missão volte para o planeta vermelho.
Detalhe da planta de Marte |
É assim que vamos acompanhando as aventuras e desventuras deste astronauta. Através de um diário de bordo, Mark vai anotando e contando tudo o que está fazendo ou planeja fazer para manter-se vivo. Da ideia de como aumentar sua produção de água, até a inusitada plantação de batatas que ele quer fazer para ter mais alimento, tudo é religiosamente registrado. Assim, caso ele morra, todos saberão o que de fato aconteceu.
Enquanto isso, seus antigos companheiros de missão estão viajando de volta para Terra, sem saber que ele está vivo. Na Terra todos pensam que Mark morreu. Funerário, enterro e homenagens, tudo é providenciado. Mas, alguns meses depois, em um trabalho de rotina, eis que os olhos atentos de uma pesquisadora constatam que Mark não morreu!
É dada então a largada para uma corrida contra o tempo para salvar este astronauta. Toda a Nasa se mobiliza para criar um jeito que viabilize o resgate. Depois que Mark consegue resgatar um antigo aparelho abandonado em Marte na década de 70, ele consegue uma comunicação com a Terra, e descobre que todos estão trabalhando pelo seu resgate. Um planeta inteiro passa acompanhar boletins diários da situação vivida por Mark.
Quando tudo parece ficar mais tranquilo, eis que Marte tenta mais uma vez matar nosso herói, e a Nasa tem que lançar às pressas uma missão de entrega de suprimentos para que Mark possa sobreviver até que uma nave tripulada consiga chegar à Marte.
Tudo começa a dar errado, e a vida de Mark fica por um fio, ou melhor, por alguns sóis. É assim que ele conta seus dias no planeta. Ele tem suprimentos limitados que não durarão até que alguma nave possa salvá-lo. Sem contar que ele teria que fazer uma longa e difícil viagem por Marte para chegar até o futuro ponto de encontro. Sem equipamentos especiais e adaptados para tal fato.
Mas vocês acham que ele desiste? Tirando alguns pitis que ele dá, em geral ele consegue manter o bom humor e o otimismo. Aliás, são exatamente estas características que o mantem vivo, sem contar óbvio sua inteligência para resolver os diversos problemas que vão surgindo ao longo de sua permanência.
Contra todas as possibilidades da missão de suprimentos dar certo, a Nasa toma uma decisão polêmica, que acaba causando uma imensa insubordinação e revolta. Mas é justamente esta revolta, a única chance real de Mark voltar para casa.
Para quem gosta de ficção científica é uma leitura e tanto. Achei a leitura em alguns momentos cansativa, mas entendo serem necessárias, pois a narração é feita pelo Mark, e ele vai contando, ou melhor, escrevendo em seu diário, tudo o que está fazendo, como a descrição da fórmula da água e como conseguir obtê-la. Sem esta explicação (apesar de meio chata), devo admitir que ficaria boiando com o resultado final. Isso acontece em outros fatos, que achei necessários, como disse, para dar veracidade e não deixar o leitor "boiando".
Gostei muito de Mark, e fica difícil não torcer para que ele consiga voltar para casa, mesmo não acreditando que metade do que se conta no livro seja possível...
A Olívia já disse, mas não custa avisar mais uma vez que um filme baseado no livro será lançado em 2015. Agora é esperar para conferir o trabalho nas telonas.
Então, o que acharam do livro? Alguém já leu ou pretende ler?
Oi meninas!
ResponderExcluirEstou com esse livro aqui para ler antes de terminar o ano \o/
Bjks!
Será que dá tempo??
ExcluirBjs, Rose
Não é um enredo que caia no gosto de todos, mas quem é fã de ficção científica vai gostar.
ResponderExcluirBjs, Rose
Só para quem é fã do estilo, o que não é o meu caso, rsrsrs.
ResponderExcluirBj.
Muita gente não gosta mesmo.
ExcluirBjs, Rose.