#Resenha Lições de Vida

 
http://fabricadosconvites.blogspot.com.br/search/label/%23ByRudy
Oi amigos, hoje temos mais uma resenha da nossa querida Rudy, vamos ver o que ela separou para nós?
 Lições de Vida - Anne Tyler
368 páginas - Editora Novo Conceito

  "Já fazia vários meses que Ira vinha percebendo a inutilidade da raça humana. As pessoas estavam jogando suas vidas fora, parecia-lhe. Eles desperdiçavam suas energias em futilidades, ambições egoístas ou rancores intermináveis. Era um tema que surgia onde quer que ele olhasse, como se alguém estivesse tentando dizer-lha alguma coisa. Não que isso fosse necessário. Então ele não sabia muito bem tudo o que ele mesmo havia desperdiçado?". (pág.141)

ANÁLISE TÉCNICA:

-CAPA = Feita por Martha Tadaleski.
Estrada ladeada com flores e lago, ao fundo árvores e montanhas; pessoa admirando a paisagem de dentro do carro.
Capa em tom marrom, a meu ver poderia ser mais colorido, porém essa tonalidade combina com a história do livro.
As capas tem 'orelhas'.
 (nota:  4,00 de 5,00)

-DIAGRAMAÇÃO: Feita por Vanúcia Santos.
Livro com folhas amareladas e letras pretas. 
Dividido em 3 partes: primeira parte com 3 capítulos; segunda parte com 1 capítulo e terceira parte com quatro capítulos e agradecimentos. 
Os capítulos são grandes o que dificulta um pouco a leitura, tornando-a cansativa. 
É uma diagramação simples, mas eficaz.
Formato/Acabamento: 16x23x2,4
Peso: 0.515 kg
 (nota:  4,00 de 5,00)

- ESCRITA: Descritiva em 3ª pessoa com  diálogos consistentes.
Protagonistas bem descritos e a escrita é detalhista, como gosto dos detalhes, adorei!
 (nota:  4,00 de 5,00)

"Mesmo assim, a frase de Jesse havia ficado em sua memória: o mesmo alvoroço de sempre. As mesmas velhas discussões, as mesmas recriminações. As mesmas piadas e senhas carinhosas, sim, e a lealdade duradoura e os gestos de apoio e o conforto que ninguém mais saia como oferecer; mas também os mesmos velhos ressentimentos que se arrastavam ano após ano, sem esquecer nada completamente; [...]" (págs 177/178)

RESUMO SINÓPTICO:  Maggie Morgan é considerada desastrada, otimista ao extremo, é intrometida, desajeitada e adorável. Ama os filhos, embora sinta que não os conheça de verdade.
Está sempre tentando colocar 'panos quentes' nas situações, tentando revertê-las para bons resultados, entretanto, por vezes tudo sai ao contrário.
Ira Morgan assovia as canções de acordo com seu estado de humor, detalhe interessante da personagem. É um homem prático ao extremo e parece não se importar muito com as pessoas. Implica com o filho por achá-lo preguiçoso e apesar de não concordar muito com algumas atitudes de Maggie, não saberia viver sem ela.
Casados há 28 anos e com a rotina diária transformando os dias em discussões, se toleram e sabem conviver com os defeitos um do outro. Após uma viagem para o funeral do marido de Serena, a melhor amiga de Maggie, tudo passou a ser uma grande aventura e lição de vida.

ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTOR: O livro é aquele do tipo em que começa de forma até um tanto enfadonha e aos poucos vai crescendo e prendendo a atenção. Na verdade ele é um pouco mais linear que isso e só passou a ter um pouco mais de dinâmica na terceira parte, quando tudo acontece realmente.
Gostei por dois motivos: primeiro por me identificar um pouco com a protagonista, já que tenho otimismo em excesso e me acho um tanto desastrada (a identificação acaba por aí) e também pelo livro nos mostrar o quanto a rotina é estressante em um relacionamento longo, ao mesmo tempo que necessária, mostra o quanto o amor está fortalecido e nos faz superar as situações, por mais difíceis que sejam.
Não é daqueles livros empolgantes, cheios de ação, embora até pequenas cenas sensuais tenham no decorrer das páginas, mas é um livro para ser degustado aos poucos, onde podemos analisar as situações cotidianas e até buscar novas soluções para pequenos problemas que nos afligem.

"Às vezes, bem lá no fundo, Maggie também culpava a si mesma. Ela começava a perceber que havia um denominador comum nem suas decisões como mãe: o simples fato de seus filhos serem crianças, condenadas durante anos a sentirem-se impotentes, desnorteadas e presas, a enchia de tamanha piedade que acrescentar qualquer outra dificuldade em suas vidas parecia impensável. Ela podia desculpar qualquer coisa deles, perdoá-los por tudo. Ela teria dado uma mãe melhor, talvez, se não lembrasse tão bem de como é ser criança." (pág. 253)
NOTA : 3,80

BOOKTRAILLER:
 

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Olá meu amigo, deixe sua opinião, ela é sempre bem vinda. Obrigada por visitar o blog.

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 Lições de Vida - Anne Tyler
368 páginas - Editora Novo Conceito

  "Já fazia vários meses que Ira vinha percebendo a inutilidade da raça humana. As pessoas estavam jogando suas vidas fora, parecia-lhe. Eles desperdiçavam suas energias em futilidades, ambições egoístas ou rancores intermináveis. Era um tema que surgia onde quer que ele olhasse, como se alguém estivesse tentando dizer-lha alguma coisa. Não que isso fosse necessário. Então ele não sabia muito bem tudo o que ele mesmo havia desperdiçado?". (pág.141)

ANÁLISE TÉCNICA:

-CAPA = Feita por Martha Tadaleski.
Estrada ladeada com flores e lago, ao fundo árvores e montanhas; pessoa admirando a paisagem de dentro do carro.
Capa em tom marrom, a meu ver poderia ser mais colorido, porém essa tonalidade combina com a história do livro.
As capas tem 'orelhas'.
 (nota:  4,00 de 5,00)

-DIAGRAMAÇÃO: Feita por Vanúcia Santos.
Livro com folhas amareladas e letras pretas. 
Dividido em 3 partes: primeira parte com 3 capítulos; segunda parte com 1 capítulo e terceira parte com quatro capítulos e agradecimentos. 
Os capítulos são grandes o que dificulta um pouco a leitura, tornando-a cansativa. 
É uma diagramação simples, mas eficaz.
Formato/Acabamento: 16x23x2,4
Peso: 0.515 kg
 (nota:  4,00 de 5,00)

- ESCRITA: Descritiva em 3ª pessoa com  diálogos consistentes.
Protagonistas bem descritos e a escrita é detalhista, como gosto dos detalhes, adorei!
 (nota:  4,00 de 5,00)

"Mesmo assim, a frase de Jesse havia ficado em sua memória: o mesmo alvoroço de sempre. As mesmas velhas discussões, as mesmas recriminações. As mesmas piadas e senhas carinhosas, sim, e a lealdade duradoura e os gestos de apoio e o conforto que ninguém mais saia como oferecer; mas também os mesmos velhos ressentimentos que se arrastavam ano após ano, sem esquecer nada completamente; [...]" (págs 177/178)

RESUMO SINÓPTICO:  Maggie Morgan é considerada desastrada, otimista ao extremo, é intrometida, desajeitada e adorável. Ama os filhos, embora sinta que não os conheça de verdade.
Está sempre tentando colocar 'panos quentes' nas situações, tentando revertê-las para bons resultados, entretanto, por vezes tudo sai ao contrário.
Ira Morgan assovia as canções de acordo com seu estado de humor, detalhe interessante da personagem. É um homem prático ao extremo e parece não se importar muito com as pessoas. Implica com o filho por achá-lo preguiçoso e apesar de não concordar muito com algumas atitudes de Maggie, não saberia viver sem ela.
Casados há 28 anos e com a rotina diária transformando os dias em discussões, se toleram e sabem conviver com os defeitos um do outro. Após uma viagem para o funeral do marido de Serena, a melhor amiga de Maggie, tudo passou a ser uma grande aventura e lição de vida.

ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTOR: O livro é aquele do tipo em que começa de forma até um tanto enfadonha e aos poucos vai crescendo e prendendo a atenção. Na verdade ele é um pouco mais linear que isso e só passou a ter um pouco mais de dinâmica na terceira parte, quando tudo acontece realmente.
Gostei por dois motivos: primeiro por me identificar um pouco com a protagonista, já que tenho otimismo em excesso e me acho um tanto desastrada (a identificação acaba por aí) e também pelo livro nos mostrar o quanto a rotina é estressante em um relacionamento longo, ao mesmo tempo que necessária, mostra o quanto o amor está fortalecido e nos faz superar as situações, por mais difíceis que sejam.
Não é daqueles livros empolgantes, cheios de ação, embora até pequenas cenas sensuais tenham no decorrer das páginas, mas é um livro para ser degustado aos poucos, onde podemos analisar as situações cotidianas e até buscar novas soluções para pequenos problemas que nos afligem.

"Às vezes, bem lá no fundo, Maggie também culpava a si mesma. Ela começava a perceber que havia um denominador comum nem suas decisões como mãe: o simples fato de seus filhos serem crianças, condenadas durante anos a sentirem-se impotentes, desnorteadas e presas, a enchia de tamanha piedade que acrescentar qualquer outra dificuldade em suas vidas parecia impensável. Ela podia desculpar qualquer coisa deles, perdoá-los por tudo. Ela teria dado uma mãe melhor, talvez, se não lembrasse tão bem de como é ser criança." (pág. 253)
NOTA : 3,80

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