Oi amigos, hoje tem mais uma resenha enviada pela nossa amiga Gladys para o Desafio Literário 2013 que ela está participando comigo. Vamos ver o que ela escolheu para o mês de julho?
Resenha A Vida em tons de cinza - Ruta Sepetys
240 páginas - Editora Arqueiro
Olá pessoal, como estão?
O tema para julho foi o seguinte: cor ou cores no título. Observando minha querida estante, encontrei dois livros e pretendo lê-los. Um já consegui e vamos conferir a minha impressão de “A Vida em Tons de Cinza”.
Comprei esse livro no ano passado e não sabia nada do mesmo. Costumo fazer isso, rsrs. Basta o título, uma capa diferente, uma premissa instigante que já desperta a minha curiosidade. Com esse, o fator motivador foi a trama ter como pano de fundo a guerra.
A guerra retratada possui poucas alusões na mídia, eu mesma não tinha noção dos horrores que os países bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia) sofreram com a anexação a União Soviética.
A trama gira em torno da família Vilkas, uma família comum que reside na Lituânia. Composta de pai, mãe e dois filhos: Kostas, Elena, Lina (14 anos) e Jonas (9 anos), respectivamente. Nada mais comum, não é mesmo? Mas que tem suas vidas literalmente arrancadas de suas mãos na noite de 14 de junho de 1941.
Mas o que eles fizeram para a NKVD, futura KGB, invadir a sua casa em plena noite, roubar seus sonhos e projetos de vida? Nada! Absolutamente nada! Apenas o infortúnio de viver sob a mira de Stalin.
A família é separada do pai e jogada em vagões de trens para destinos distintos. É nesse vagão que Lina conhece vários personagens que irão acompanha-la até as últimas páginas da trama.
Lina era uma adolescente que sonhava em ser artista, possuía um dom para desenhar e iria estudar em uma escola especializada. Em uma determinada parada do trem, ela consegue escapar do seu vagão e acha o vagão que transportava o seu pai e o mesmo pede que ela faça desenhos e dê um jeito de entregar a outros lituanos para que de alguma forma cheguem até ele e possa, assim, saber onde estão e poder reencontrá-los. Uma gota de esperança diante do mar de incertezas que giravam em torno da nossa protagonista. Após essa parada, o vagão que transportava os homens adultos, foi tirado e anexado a outro trem e essa foi a visão que Lina teve do seu querido pai, por muito tempo.
O vagão que transportava Lina e uma parte de sua família era ocupado por mulheres, idosos e crianças. A mãe de Lina sabia russo e conseguiu ler a frase estampada nos vagões: PROSTITUTAS E LADRÕES.
Imagine a cabeça das pessoas ao serem tachadas assim. Pessoas que vivam em honestidade com a sociedade, o pai de Lina era professor universitário! Os vagões estavam lotados de pessoas honradas e honestas, que não entendiam a dimensão daquela situação para o resto de suas vidas.
Enfim, após passar por sérias adversidades dentro do vagão apinhado de pessoas, chegam a uma localidade e descobrem que os soviéticos estão vendendo-os como escravos.
Nessas fazendas o horror só aumenta. Se você não tiver “estômago” não leia esse livro. Pois, depois de todas as situações humilhantes e degradantes que os personagens vivem, alguns ainda foram transferidos para outra localidade, muito pior do que essa.
Não posso contar mais da trama, mas acredito que já deu para entender o teor dessa leitura. Impossível não se enojar/revoltar com a maldade humana. Como não se emocionar ao ler a que ponto os seres humanos chegam para defender a sua vida e seus entes queridos.
Os personagens são fictícios, não sei se fico triste ou feliz por isso. Feliz por saber que aquelas pessoas retratadas tão detalhadamente não viveram todo esse horror e triste pois, gostaria de saber que entre os sobreviventes de toda essa loucura humana de Hitler e Stalin, estão presentes Lina, sua família e outros personagens queridos.
Termino com o mesmo pedido da autora Ruta Sepetys:
“Por favor, pesquisem a respeito. Contem a alguém. Esses três minúsculos países nos ensinaram que o amor é a mais poderosa das armas. O amor nos revela a natureza realmente milagrosa do espírito humano.”
Até a próxima leitura, fiquem com Deus!
Gladys Sena.
Eu ainda não li este livro, e vocês, já leram? O que acharam?
O único livro que li sobre guerra foi um pós segunda guerra mundial, e eu amei muito, mas depois dele nunca mais quis ler outro. Mas fiquei encantada com essa resenha. E pensar que já passei batido por esse livro mil vezes e nunca dei atenção.
ResponderExcluirPuxa, que leitura emocionante! Tenho certeza que pararei a leitura para chorar, porque o tema é difícil - vidas separadas pela guerra. Mas, por outro lado, é muito gratificante acompanhar a luta dessas pessoas e aprender com suas dificuldades.
ResponderExcluirSe a resenha já me fez marejar os olhos, imagino o livro...
Amiga, terminei a leitura com um nó na garganta, sabe! Uma sensação de impotência diante desses horrores humanos...
ResponderExcluirRealmente a reflexão, durante e após, leituras assim, nos fazem crescer e obter uma nova visão de coisas que antes considerávamos com pequenas e corriqueiras...
Obrigada pelo comentário, bjo!
Obrigada pelo comentário Alyne e se puder leia. Essa trama merece ser lida!
ResponderExcluirBjO!
É tremendamente chocante a guerra como um conceito, como algo inevitável e até necessário. A barbárie e a miséria são expostas como vísceras e não devemos nunca esquecê-la. A perpetuação destes absurdos podem fazer com que futuras gerações não cometam os mesmos erros.
ResponderExcluireu curto os livros que retratam as guerras, acho informativos e bem mais reais, mas depois dessa resenha eu sinceramente não sei se teria coragem de ler o livro parece realmente muito intenso e eu não sei se conseguiria terminá-lo
ResponderExcluirHitler e Stalin foram de certa formas dois genios que usaram sua genialidade para o mau e sempre serão lembrados por sua crueldade e loucura
Como a própria autora menciona, essa trama merece ser lida.
ResponderExcluirFaça um esforcinho e verá que valeu a pena, :)
Obrigada pelo comentário, bjo!
Acredito que seja o desejo da grande maioria.
ResponderExcluirObrigada pelo comentário!
Já li alguns com o tema da guerra e sempre me emociono.Este eu também não conhecia.
ResponderExcluirBjs, Rose.
Pelo vsto é deste que tenho que ler com a caixa de lencinhos do lado.
ResponderExcluirBjs, Rose.
Não digo os mesmo erros, mas aparece que o ser humano não consegue viver em paz, o que é uma pena.
ResponderExcluirBjs, Rose.
Concordo com a Gladys Thaila, apesar de não ter lido ainda, acho que vale o esforço sim.
ResponderExcluirBjs, Rose.
Adoro historias que retratam a guerra, sei lá, sempre me emociono com estorias com este tema, vou pesquisar sobre o livro.
ResponderExcluirPesquise sim Yassui, e não esqueça o lencinho.
ResponderExcluirBjs, Rose.
Eu tinha esse livro, mas troquei. Comprei no impulso e sabia que a estória seria mais pesada e não tenho muita estrutura pra isso. Espero ler um dia.
ResponderExcluirBjs, @dnisin
www.seja-cult.com
Quem sabe um dia né...
ResponderExcluirBjs, Rose.
Não conhecia , mas a resenha me deixou muito interessada, parece ser uma leitura bem envolvente, já está na minha lista.
ResponderExcluirEu também não conhecia, graças à Gladys, minha lista aumentou mais um livro, rsrsrsrs
ResponderExcluirBjs, Rose.