#Resenha Ilse, a Bruxa #1/3

Oi amigos, hoje a resenha é da nossa colaboradora Olívia. Já faz um tempinho que não temos uma resenha dela, e para compensar isso, ela nos trouxe uma bela dica de leitura, confiram só!

Ilse, a Bruxa - #1 Viagem de Jerle Shannara- Terry Brooks 

448 páginas - Editora Bertrand Brasil

Eu ganhei esse livro há muito tempo da Rose e o li, mas somente agora fiz a resenha. Um livro pelo qual me apaixonei.

Já li dois outros livros de Terry Brooks e amo suas histórias. Apesar de ser no mesmo mundo criado na primeira série, e apesar desse ter alguns integrantes da primeira aventura que se desdobrou em três, creio que vá diferenciar por ser realmente uma continuação com os mesmos personagens, diferente da primeira série, que em cada livro da série apesar de ter alguns personagens presentes da aventura inicial não constituiu em uma única história, e sim três tendo diferentes histórias e protagonistas. Estou muito animada por essa série, amo livros sobre poderes elementares e bruxaria.

Tudo inicia quando na patrulha habitual de Hunter Predd, Obsidian, o pássaro do Cavaleiro Alado, encontra um homem prostrado flutuando ao lado de um mastro de um barco no mar. Ambos descem para o resgate do moribundo e percebem que além da insolação, os olhos e a língua do homem tinham sido arrancados, mas que ele carrega um bracelete nada comum e um mapa.

- Tempo não é o problema – interrompeu o curandeiro, sustentando um olhar firme. – Ele não pode falar nem escrever. A questão não é apenas o dano em sua língua ou sua fraqueza. É a sua mente. Sua mente se foi. O que quer que lhe tenha acontecido o danificou de modo irreparável. Acho que ele não sabe onde está e nem mesmo quem é.

Reconhecendo de onde era o símbolo do bracelete Hunter Predd se dirige a uma audiência na terra dos Elfos com o rei Allardon Elessedil, após deixar o moribundo aos cuidados de um curandeiro de sua confiança. O que menos esperava era que estava sendo observado por um garotinho, espião, de uma senhora misteriosa capaz de matar usando apenas sua voz, sua linda voz encantadora e mortal. Aquela, cuja magia equipara a do mais poderoso bruxo existente.

Quando Hunter Predd entrega o bracelete a Allardon Elessedil, de imediato o reconhece, sabe do que se trata, e quer ver o homem moribundo por saber se tratar de seu irmão mais velho que partiu na busca de uma terra inexplorada além da Divisa Azul e nunca retornara, Kael Elessedil.

O que ninguém esperava era que o espião agira mais rápido que todos e ao avisar sua Senhora, ela age, pois sua ambição vai além dos limites das terras já conquistadas, ela pretende conquistar o local de onde aquele homem viera. Mas, para isso precisa o mapa. Começa a partir daí uma série de assassinatos, uma corrida contra o tempo em busca dos tesouros dessa nova terra, em que o nosso velho amigo Druida, dos livros anteriores, acaba aparecendo de novo para cumprir o mandado do rei dos Elfos, para assegurar que esse tesouro não caia nas mãos erradas.

Mal sabem que o pior inimigo deles não paira sobre toda a aventura e todos os obstáculos que terão de passar, ou do enfrentamento da Senhora que o Druida conhecia tão bem, mas sim, o grande mal que protege o tesouro da terra além da Divisa Azul.

Gente, para mim, essa aventura foi uma das melhores até agora, melhor até do que a primeira série que li. A trama é rica de todo tipo de obstáculo, há aventura a todo momento, os personagens possuem seu papel bem definido e cada um toma parte da história. Como sempre acabei me apaixonado pela Senhora má. Tenho um sério problema e me apaixono pelos personagens malvados. Ainda mais aqui, ela é um personagem intrigante, por ser conduzida pelo arqui-inimigo do Druida desde as histórias anteriores, e pelo Druida carregar uma grande surpresa para ela junto a ele, uma surpresa que a pega desprevenida.

O dirigível que utilizam possui como tripulantes personagens que me cativaram muito, principalmente a Ruivinha – que não perde uma briga -, seu irmão Redden Alt Mer – com seu carisma e humor além do limite esperado para qualquer capitão -, e Hawk – homem e amigo de confiança deles.

A narrativa não fica fixa somente em um personagem, são ações independentes narradas da perspectiva de cada um deles muitas vezes em cenários e ocorrências diversas que são coligadas a uma finalidade comum. Isso faz com que a leitura seja rápida e me fez ficar ávida por ler cada vez mais para saber o que aconteceria no final... e o final é daqueles... preciso do próximo livro urgentemente!

Essa aventura fantástica compensa ser conferida por todos aqueles que amam livros que tenha diversidade de personagens, Elfos, bruxos, Druidas, vingança, uma trama recheada de surpresas. Amei reencontrar os cavaleiros aladas, amei quando li sobre eles na outra série, mal esperava encontra-los novamente, e foi uma alegria. E, esse primeiro livro dessa série me surpreendeu, espero que surpreenda todos vocês ao decidirem lê-la, compensa!

- Você sabe que não concordarei com isso. Não ligo para dinheiro nem metais preciosos. Mas o que você encontrar de magia, seja qual for sua forma, pertence aos elfos. Sou eu quem estou sancionando e patrocinando essa viagem. Sou eu cuja causa assim o exige. Tenho o direito à posse de qualquer coisa que você recuperar.