Postagem: Top Comentarista

Olá amigos, hoje venho postar para vocês mais uma postagem feita pela nossa Top Comentarista Rudy, ela foi a top de setembro (se não me falha a memória, rsrsrsrs). É uma postagem super interessante, cujo o tema é saúde. Eu mesma nada sabia desta mal, e por isso convido a todos a lerem com atenção esta postagem que ela fez, pois é muito informativa. Ela mesma escreveu e acrescentou as imagens, e só fiquei chateada em saber que ela tem este problema, mas tenho certeza que estará superando este mal. Beijos e boa leitura:

Sindrome da Cauda Equina

Considerações médicas:

“A sindrome da cauda equina é uma compressão aguda que afeta o conjunto de raízes nervosas (cauda eqüina) na região lombar da medula espinhal e é uma emergência cirúrgica ortopédica.

As raízes nervosas da região lombar enviam e receber mensagens para os órgãos pélvicos e também para os membros inferiores. A Síndrome da cauda equina ocorre quando essas raízes nervosas são comprimidas e os nervos ficam paralisados, cortando a sensação e o movimento. nos membros inferiores e orgãos pélvicos. As Raízes nervosas que controlam a função da bexiga e do intestino são especialmente vulneráveis ​​a danos.

Se os pacientes com síndrome da cauda equina não recebem tratamento rápido para aliviar a pressão, pode resultar em paralisia permanente, bexiga neurogénica e / ou diminuição do controle intestinal, além de perda da sensação sexual.. Mesmo com tratamento imediato, alguns pacientes podem não recuperar as funções completamente.

Causas

A Síndrome da cauda eqüina pode ser causada por uma hérnia discal, tumor, infecção, fratura, ou estreitamento do canal espinhal. Também pode acontecer por causa de um impacto violento, como num acidente de carro, uma queda de altura significativa, ou um ferimento penetrante, como por uma arma de fogo ou lesão por arma branca. As crianças podem nascer com anomalias que causam síndrome da cauda eqüina.

Sintomas

Embora o tratamento precoce seja necessário para evitar problemas permanentes, a síndrome da cauda eqüina pode ser difícil de diagnosticar. Os sintomas variam em intensidade e podem evoluir lentamente ao longo do tempo.

* Disfunção na Bexiga  ou intestino, retenção ou incapacidade de reter as fezes e a urina.

* Problemas graves ou progressivos nos membros inferiores, incluindo perda ou alteração da sensibilidade nas pernas, sobre as nádegas, a parte interna das coxas e nadegas (área onde o calaleiro senta na sela),  pés ou calcanhares.

* Dor, dormência ou fraqueza que se estende para uma ou ambas as pernas que podem fazer com que você tropeçe ou ter dificuldade em se levantar de uma cadeira. 

Diagnóstico por Imagem

Radiografias, ressonância magnética, tomografia computadorizada podem ajudar a avaliar o problema.

Tratamento

O paciente com sindrome da lauda equina  pode precisar de cirurgia de urgência para remover o material que está pressionando os nervos. A cirurgia pode evitar que a pressão sobre os nervos chegue ao ponto em que o dano é irreversível.

Vivendo com Síndrome de Cauda Eqüina.

A cirurgia não irá reparar danos permanentes do nervo. Se isso ocorrer como resultado de síndrome da cauda equina, o paciente pode aprender como melhorar sua qualidade de vida.” (- Dr. Marcos Britto da Silva -)

(Fonte: http://www.marcosbritto.com/2011/07/sindrome-da-cauda-equina-coluna.html).

Vamos avaliar um pouco as reações psicológicas da doença.

Uma das orientações médicas é procurar um terapeuta, terapeuta ocupacional ou assistente social. E por que os médicos fazem essa indicação?

A doença é limitadora e por conta disso, as ações ficam restritas e a principal delas é o caminhar. Complicado ficar sem andar... ou  com andar debilitado, precisando de amparo e de vigilância constante, tem de ter alguém ao lado sempre, para auxiliar e evitar uma possível queda, ocasionando outras fraturas.

Esse é o primeiro problema: DEPENDER DE ALGUÉM. Para pessoas independentes como eu, isso é uma verdadeira tortura. Causa sensação de impotência e que está incomodando constantemente, ou seja, você se torna ‘um peso morto’. 

Segundo problema: FALTA DE ATIVIDADE. Gente, vocês tem noção do que é passar um dia inteiro sem poder exercer nenhuma atividade que comprometa a parte motora? Tédio, incapacidade, falta de produtividade... e poderia relacionar uma série de outros fatores, entretanto, esses são suficientes para dar uma tremenda tristeza e depressão (para quem tem tendência  a tal, não me permito).

Imaginem uma pessoa que trabalhou desde a adolescência, incansavelmente, ter de viver inerte? De 'pirar', não é? Pois é... por isso o terapeuta ocupacional é importantíssimo, ele irá orientar atividades que podem tornar o tempo e a pessoa úteis. 

No meu caso, eu mesma sou minha terapeuta, fico no PC, escrevo minhas cartas, faço meus artesanatos, jogo com o maridão, leio muito, assisto filmes, escrevo (e como tenho escrito 'bobagens'..kkkk), converso com os vizinhos, enfim, vou tentando preencher o tempo e a mente. 

Terceiro problema: ISOLAMENTO. Como a doença causa muita dor e impossibilita andar, sair e se divertir é quase impossível e o confinamento dentro de casa, causa afastamento das pessoas e das atividades sociais. 

E quem gosta de viver ‘enjaulado’? Ninguém, né? A mente começa a ‘fantasiar’ e a pessoa começa a achar que as pessoas não querem mais ver você, que tem medo de ‘pegar’ sua doença (como se ela fosse contagiosa) e se afastam também. 

Isso dá uma dor no coração, sabiam? Nossa! E aí vem outra indicação médica: Envolva sua família em seus cuidados. É a maior verdade. Só quem ama muito conseguirá passar por essa fase complicada ao seu lado e para isso, é preciso que saibam tudo da doença e estejam presentes. E aí amigos, posso dizer que sou abençoada, tenho pessoas que me amam de verdade e estão ‘segurando as pontas’ comigo. (Obrigada família e maridão!).

Quarto problema: MEDO que pode gerar SÍNDROME DO PÂNICO.  Como não caminha direito, precisa de constante vigilância e torna-se isolado, a pessoa acaba criando medo de sair, por causa do medo de cair (e convenhamos, as cidades não estão preparados para os portadores de necessidades especiais, concordam?), acabam evoluindo  para um quadro de Síndrome do pânico. Terrível, não é?

Muitos outros problemas psicológicos e emocionais podem decorrer em casos mais graves, onde a pessoa não tem um suporte emocional, afetivo e médico.

Espero que agora entendam um pouco mais sobre a doença física que me acomete e as conseqüências psicológicas que ando sofrendo.

Agradeço terem chegado até aqui e pela paciência em ler.

Minhas preces, abraços e carinho a todos!

Cheirinhos:)

Rudy

 

Rudy querida, agradeço mais uma vez a você por sempre enriquecer nossos dias com seus comentários e por nos enviar esta postagem tão útil e informativa. Peço à Deus que lhe dê todo o apoio (e sei que Ele dá) para que você vença este problema. Saiba que pode contar comigo. Beijos.