8 de julho de 2014

#Resenha Reconstruindo Amélia

 

Oi amigos, quando vi o lançamento deste livro que hoje tenho o prazer de dividir minha opinião com vocês, logo pensei: Preciso ler! Então aqui estão minhas impressões....




Reconstruindo Amélia - Kimberly McCreight
352 páginas - Editora Arqueiro


Uau! Foi isso que pensei ao fechar o livro. Sem falar do suspiro profundo para colocar os sentimentos em ordem. Reconstruindo Amélia foi uma leitura tensa, uma montanha russa de emoções.
Conhecemos Amélia, uma garota de 15 anos, centrada, estudiosa, que gostava de esportes e livros (me identifiquei muito com ela nestes quesitos). Sonhava ser escritora. Foi criada pela mãe Kate, uma advogada com uma ótima carreira pela frente. Sua melhor amiga era Sylvia, que conhecia desde pequena.
Amélia e Sylvia se bastavam, e apesar de serem como água e vinho, de um jeito que só as amizades podem explicar.
Tudo ia bem na vida delas até que Amélia recebe um convite para participar da fraternidade do colégio, que por não ser faculdade, estava mais para clube secreto. Elas haviam feito um trato de que ambas nunca iriam se deixar levar por estes clubes, mas Amélia acaba dando o primeiro de inúmeros passos em falso que ela tomaria antes de cair do telhado da escola.

"Fuja, eu dou cobertura." (pág. 318)

Sim amigos, nossa estória começa justamente com a morte de Amélia, resultado da queda do telhado. O caso foi tratado como suicídio, e seria assim se Kate não tivesse recebido em seu celular uma mensagem dizendo que sua filha não tinha se matado. Este foi o estopim para que Kate "voltasse para terra" e começasse a fuçar todos os últimos acontecimentos na vida de sua filha.
É justamente neste momento que ela começa a descobrir uma Amélia que até então ela não conhecia.

"Agora, a minha carreira criminosa terminaria antes mesmo de começar" (pág. 101)

O que são aquelas mensagens? Por que Amélia estava querendo conhecer seu pai? Ela realmente conhecia todos aqueles contados em seu celular? Quem era responsável por este blog? Por que ela plagiou um trabalho? E as fotos, como sua filha teve coragem de tirar estas fotos? Por que ela estava matando aula? Quem era seu namorado secreto? Quem era realmente Amélia? Ela se suicidou ou a empurraram? Em que ponto de sua vida ela começou a perder sua filha?

"Mas, se não tem haver com garotos nem drogas nem com o plágio - disse Lew -, por que você acha que ela faria aquilo?"

Estas e muitas outras questões são levantadas e Kate aos poucos e dolorosamente vai tomando ciência de tudo o que ocorreu e que culminou na morte prematura de sua filha.
Uma leitura eletrizante que prende o leitor até o fim. Cada fato levantado e explicado dá margem para outros questionamentos. E o que de real aconteceu você só descobre no final.

"É, bem... - ele disse em voz baixa.  - Imagino que certas coisas nunca melhorem." (pág. 243)

Chantagens, amores secretos, traições, sexo, amizades e vinganças, tudo muito bem amarrado e explicado de uma forma coerente, onde a única pergunta que ficou para mim foi: "Como Amélia caiu nesta furada?"
Acontecimentos bobos onde atitudes mal pensadas formaram um novelo embolado difícil de se encontrar a ponta.

*Livro cedido em cortesia pela Editora Arqueiro

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