Oi amigos, é com muita alegria que hoje trago para vocês mais uma aposta da
Editora Arqueiro no gênero romance de época. Agora a talentosa
Eloisa James faz parte do time de autores da editora. Confiram o que achei deste primeiro livro:
Quando a Bela Domou a Fera - Eloisa James
320 páginas - Editora Arqueiro
Nunca escondi duas coisas, que A Bela e a Fera é o meu conto de fadas preferido e que adoro releituras de contos de fadas. Então quando vi o lançamento deste livro, é lógico que ele foi imediatamente para os meus desejados. E tão logo ele chegou, comecei a ler.
Linnet Berry Thrynne é a bela da temporada, tendo tudo a seu favor, pelo menos até o Príncipe Augustus começar a lhe cortejar. O problema era que ele não poderia casar com ela, que não passava de uma simples filha de um Visconde. Quando ela descobriu isso, sua reputação já estava na lama, mesmo que ela e o Príncipe não tenham passado de alguns beijos inocentes. O passado promíscuo de sua mãe não ajudava em nada a jovem. E agora o diamante da temporada passou a ser pessoa "não grata" na sociedade, ainda mais com os boatos de uma suposta gravidez. Suas chances de um bom casamento estavam bem difíceis.
Sem ter muito o que fazer, ela aceita a sugestão da tia e do pai e parte junto com o Duque de Windebank para o Castelo Owfestry, no País de Gales. Sua missão era conquistar Piers Yelverton, conde de Marchant e único herdeiro do Duque. Ela não contava que Piers fosse imune aos seus encantos e beleza física.
Piers é médico e gosta muito da profissão. Ele e o pai não se dão bem, pois Piers culpa o pai por todo o sofrimento materno quando ele era uma criança. Ele nunca perdoou o pai por preferir o ópio a própria família.
O médico é a nossa Fera, e tem este apelido por conta do mau humor que destila a qualquer um que cruzar seu caminho. Nem seus pacientes escapam de seu humor ácido, ainda mais nos dias em que sua perna dói mais que o normal. Esta dor é causada por uma necrose em um músculo de seu quadríceps direito, que além de lhe causar uma terrível dor, ainda lhe deixa dependente de uma bengala.
Piers deixa claro desde o início que não está interessado em Linnet e muito menos em casamentos, ainda mais com uma moça que tem total apoio do seu pai.
Aos poucos Linnet e Piers percebem que ambos tem uma inteligência e humores que se equiparam. Apesar de nossa Bela ser uma pessoa mais doce e delicada, pode-se dizer que ela é a versão feminina de nossa Fera.
Enquanto seguem trocando farpas e beijos, um começa a aprender com o outro, e a atração não é mais apenas uma possibilidade, e sim uma realidade. O que não muda é o fato de um não querer se casar com o outro. Será????
Quando um surto de escarlatina invade o castelo de Piers, castelo este, que ele usa como hospital, ele não pensa duas vezes em mandar seus pais e Linnet para longe. Ele não se perdoaria se eles fossem atingidos pela doença. Mas será que esta é a atitude correta? Já era hora dele perdoar o próprio pai, sem falar de sua situação com Linnet. Mal sabia que esta poderia ser a última vez que estaria vendo Linnet. A vida nem sempre dá uma segunda chance para as pessoas.
Em um enredo rico e cheio de diálogos engraçados, Eloisa James leva o leitor a uma história de perdão e reencontro, com personagens de personalidades forte e língua afiada. Um conto de fadas moderno, mas com o charme do romance de época. Leiam e comprovem.
Um dia antes de começar minha leitura, houve um bafafá no facebook da editora. Uma pessoa estava revoltada com a tradução feita para o livro. Segundo ela, as palavras bunda, piranha, entre outras, descaracterizaram totalmente o enredo. Eu não leio inglês, então vou me basear no texto em português e o que ele me passou. Antes disso, quero explicar um pequeno detalhe, que inclusive está na Nota Histórica feita pela autora. O personagem Piers foi baseado no personagem Dr. Gregory House do seriado de TV Dr. House. Conhecem? Para quem não conhece, House é um médico infectologista e nefrologista que atende em um hospital universitário. Ele é famoso não só pelos diagnósticos e capacidade médica, como também pelo mau humor, ceticismo, comportamento anti-social e distanciamento dos pacientes. Ele também tem um problema na perna que lhe causa dor constante e dependência em uma bengala e em remédios.
Agora vamos aos fatos. Em minha concepção não houve nenhuma descaracterização do enredo, em momento algum da leitura. As palavras escolhidas podem até serem mais fortez, mas estavam totalmente dentro do contexto e das características dos personagens. Vocês devem estar pensando "ah Rose, você é parceria da editora e não vai meter pau neles!'. Errado, sou parceira sim, mas se algo não me agradar vou falar e explicar porquê. Coisa aliás, que já aconteceu por aqui. Mas vou deixar vocês mesmo tirarem as próprias conclusões. Vamos primeiro a palavra piranha.
Piers está diagnosticando um rapaz com sífilis, onde o pai afirma categoricamente ser impossível, pois o filho não sai com mulheres. E para pegar sífilis não seria com qualquer mulher. Lembrando que Piers não tem papas na língua, olha o que ele responde ao pai:
Tem também a palavra "bocetinha". Pesado? Até é, mas ele é o Piers, e não iria dizer nada tão delicado como talvez "botão" que já li em outros livros. Aqui ele mostra sua preocupação em ter relações com Linnet quando não faz muito tempo que ela perdeu a virgindade:
A última que vou mostrar e com certeza a mais controvérsia é um trecho onde a mãe de Linnet compara o corpo de um de seus amantes com um cavalo. Apesar de ter entendido o sentido, aqui talvez tenha sido um uso não tão feliz, podendo sim ser melhor explicado. Na minha opinião, apontaria como a única falha da história, mas apenas porque ficou esquisito.
E vocês, acharam o que de tudo isso? Para mim, achar que só porque os personagens são de outro século e não se falavam palavrões, digamos, mais pesados, é utopia. Fora que como afirmei, as palavras usadas condizem com a personalidade do personagem e não ficaram fora do contexto. Isso, claro, é minha opinião, que vocês podem ou não concordar. Achei mais chato o pai de Linnet não se preocupar com a falta de notícias da filha do que com estas palavras... Mas caso forem ler, já estão ciente do que verão. Não esperem poesias de Piers, ele não é este tipo de personagem.
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Só para avisar que o filme é ótimo! ❤️ |
eu comecei a leitura hoje, Rose, por isso dei apenas uma passada de olhos na resenha, mas ja da pra ver que é um enredo bom, ja dei algumas risadas e ja estou presa aos desdobramentos da trama
ResponderExcluirhttp://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/
Oi Thaila, é muito bom, também dei boas risadas.
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Rose!
ResponderExcluirÉ que o povo quer dar uma de pudica e faz bafafa por tudo, afeeee!
Não sabem entender o contexto em que o livro se passa?
E releitura a pessoa escreve como quer, horas... Absurdo!
Como você meu conto favorito é esse, amo releituras e amo o House...kkkk Acho super irreverente e ver um protagonista baseado nele, dele ser bom demais.
“Não há nada bom nem mau a não ser estas duas coisas: a sabedoria que é um bem e a ignorância que é um mal.” (Platão)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
Oi Rudy, se tivesse fugido do contexto, eu concordaria com a reclamação, mas não fugiu, nem do contexto e nem da caracterização do personagem, então achei meio que demais.
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Olá!
ResponderExcluirEu também amo a Bela e a Fera. E este livro está em minha lista de desejos. E agora depois de ler sua linda resenha, mais curiosa estou a respeito dele.
Assisti o filme no sábado passado e estou mais encantada ainda por esse linda história.
Muito amor o filme mesmo. espero que não demore a ler, e principalmente, que goste do livro.
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Oiii Rose, tudo bem?
ResponderExcluirMenina eu to louca para ler esse livro que você nem imagina, desde que houve o lançamento já deixei anotadinho no meu caderno que compraria em breve, ótima resenha!
Beijinhos
Oi Morgs, e não deixe de comprar e ler, vale a pena!
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Olá!
ResponderExcluirAssim como você adoro releituras e A Bela e a Fera é o meu conto de fadas preferido.
Estou doida para ler o livro desde que soube do lançamento e ainda mais agora após ler sua resenha.
Sobre o bafafá da tradução, acho totalmente desnecessário, pois como você mesma disse, achar que em outra época não falavam palavrões, é utopia.
Ótima resenha.
Beijos.
Oi Aline, esta releitura ficou ótima, espero que goste. Totalmente desnecessário, ainda mais porque falaram mal do trabalho da tradutora.
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OOI!
ResponderExcluirConfesso que algumas coisas me desagradam nesse livro, ainda assim, estou quero muitooooo lê-lo. Principalmente por amar o clássico A Bela e a Fera. Saber que você gostou me deixou ainda mais ansiosa, e a opinião da Julia Quinn também. haha
Espero lê-lo em breve!
P.S.: Realmente, o filme está lindooooo!
Beijoos!
Oi Catrine, o que você não gostou no livro?
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Olá,
ResponderExcluirGostei muito da sua resenha pelo fato de ser bem sincera e nos trazer o que realmente iremos encontrar na trama.
Confesso que não esperava isso rsrs. Sei que Piers não é um poeta, mas achei um pouco esquisito a escolha das palavras mesmo que combinem com os personagens rsrs
LEITURA DESCONTROLADA
Oi Michele, acredite, ao longo da leitura, não fica estranho. Pegando um trecho aqui e outro ali, pode parecer exagerado, mas no enredo todo ficou de acordo. Com exceção desta do cavalo que acho poderia ser melhor trabalhado.
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Rose, eu vi essa confusão sobre a tradução e achei falta do que fazer ou a garota só queria chamar atenção! Gostei da sua resenha e também acho que não teve nenhuma descaracterização. você viu que no grupo de romances de época da editora a Elimar dá uma senhora explicação ao rebater os questionamentos da moça?
ResponderExcluirOi Beatriz, não vi o video da Elimar, mas a Lu Zuanon (Apaixonadas por Romances) já me falou sobre ele.
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Quando você falou que ele era médico e tinha um problema na perna, me lembrei do House - amo ele. E quando eu vi que de fato tinha algo a ver com ele, PIREI.
ResponderExcluirSério, ler essa obra estava fora de cogitação, mas só por se basear no House, mudei meus planos e agora QUERO LER.
Sobre essa treta que rolou, pra mim não fez diferença nenhuma. Na realidade, quando ouvi falar, pensei que o livro tava todo errado, mas se era só por causa dessas palavras, tanto faz.
Você que gosta do House, vai ver que nada ficou fora do lugar.
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Oi
ResponderExcluirVi esse livro há alguns dias, mas não me interessei por ser romance de época, não curto muito o estilo e acho, geralmente, todos os enredos bem parecidos. ‘Segundo ela, as palavras bunda, piranha, entre outras, descaracterizaram totalmente o enredo.’ Por qual razão descaracteriza o enredo? Estou aqui com o livro Poemas eróticos, são poemas clássicos e os termos vão de ‘caralho’ pra baixo. E são poemas do século XIV. Recentemente, vi uma resenha em que a menina ficou chocada com o romance de época pq em um dos diálogos havia uma brincadeira sobre o estupro. Só que isso era normal para época. Se a pessoa se disponibiliza a ler um romance de época e diz ser seu estilo favorito, ela tem que ter, no mínimo, noção dos discursos ideológicos, etc.
Se a ideia do estupro, por mais infeliz que seja e triste, era visto como algo normal, infelizmente, tem de ser retratada dessa forma.
Pois é Lilian, mas tem pessoas que não acham isso, e simplesmente começam a falar horrores, e pior, jogam o trabalho de uma pessoa no lixo.
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Olá, tudo bem?
ResponderExcluirEstou bastante curiosa para ler esse livro, por se tratar de uma releitura de um conto de fadas. Cinderela é o meu conto de fadas preferido, mas também adoro A Bela e a Fera e fiquei muito curiosa para ver como ficou essa releitura.
Sobre a polêmica da tradução, eu não estava sabendo do que tinha acontecido. Como ainda não li o livro, nem o original nem a tradução, acho difícil opinar. Por ser um romance de época, talvez houvessem outros termos que seriam mais adequados e ao período em que a obra se passa e ainda condizentes com a personalidade dos personagens. Contudo, não acho que isso justifique tanta polêmica e reclamação por parte dos leitores.
De qualquer forma, adorei sua resenha e espero ler este livro em breve.
Beijos!
Oi Maria, acredite, nada ficou descaracterizado e isso é o mais importante me uma obra. Quando você ler, vai entender.
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Fiquei sabendo da treta no facebook, mas como não leio romances históricos não tenho como comentar o assunto. O engraçado sobre a inspiração para o personagem é que, conforme lia a resenha, eu estava justamente pensando em como ele era parecido com o House. Como já disse, eu nunca li um romance histórico, e não sei bem se esse seria um indicado para começar, eu estava pensando mais em um da Julia Quin, o que acha? Eu já li algumas releituras da Bela e a Fera, mas nunca uma com uma pegada mais adulta, então esse é um ponto interessante sobre o livro.
ResponderExcluirBjs.
www.ciadoleitor.com
Os da Julia são uma boa pedida sim, ela tem uma escrita leve e com uma boa pitada de humor. Um enredo onde a família é bem participativa. Esta pegada adulta deixa o livro bem interessante.
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Olá!
ResponderExcluirSoube desse livro pela linda da Julia Quinn em um video feito pela editora e fiquei mega curiosa E também soube desse bafafá rs' desnecessário.. claro que algumas coisas mudam
Estou curiosa com essa história ainda mais sendo uma releitura da Bela e Fera rs' adorei a resenha, espero ler em breve!
Beijos!
http://blogdatahis.blogspot.com.br/
Leia sim Tahis, e com o aval da JQ, não tem como ser ruim, não é mesmo?
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Não me interessei pelo livro mas amei a tua resenha mulher! Principalmente contando sobre o babado que rolou kkkk adorei, pois não estava sabendo disso.
ResponderExcluirPois é Yara, deu o que falar.
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Olá, tudo bem?
ResponderExcluirTenho visto muito esse livro nas redes sociais, e não sabia direito sobre o que retrata a obra.
Adoreeeeei, gente, preciso desse livro!
AMEI a sua resenha, e estou super convencida a ler!
Um beijo.
Leia sim, o livro é muito bom.
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Olá amore,
ResponderExcluirAi que delícia esse livro parece ser, já querendo ler aqui. Dica anotada.
Adorei a resenha e os quotes selecionados, parabéns!
Beijokas!
Leia sim Grazi, é muito bom.
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Olá! gostei muito da resenha. Este livro deve ser muito bom. Alias está autora esta sendo lançada no brasil. Apadrinhada, por ninguém mais, ninguém menos que Julia Quinn. Só pela madrinha devemos ariscar a leitura, com certeza.
ResponderExcluirbjs
http://entrepaginasemuitashistorias.blogspot.com.br/
É verdade, foi a Julia quem indicou a autora para a Arqueiro.
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Eu particularmente achei estranho o uso dessas expressões para um história de época, mas depois de ler o contexto exposto em seu artigo vi que as palavras não ficaram mesmo fora de contexto, como você mesma falou. Mas para mim será sempre estranho, pois eu não falo essas coisas e ler isso em um livro é meio chocante! kkkkk
ResponderExcluirMuito bom o post.
Beijos Rose! :*
Oi Isis, entendo sua posição e respeito, pois isso é gosto, mas não dá para dizer que foi mal traduzido e que descaracterizou o texto, não é mesmo?
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Oi, tudo bem?
ResponderExcluirO livro chegou aqui hoje e não sabia que o personagem era inspirado no House e já adorei saber disso!
Esse bafafá que rolou sinceramente me pareceu gente querendo ganhar ibope criando polêmica.
Bjs
Oi Angélica, achei um tanto desproporcional. Mas leia e depois veja por si mesma.
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Olá !!! Estou com muita vontade de ler esse livro e com sua resenha, despertou ainda mais minha vontade. Espero ter a oportunidade em breve, bjooooooo
ResponderExcluirOi Lorena, leia sim, vale a pena.
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