#Resenha Noite Sobre as Águas

Noite Sobre As Águas é um sucesso do Follett que a Editora Arqueiro relançou. Uma envolvente trama que acontece na travessia aérea entre a Europa e os EUA. Para quem procura aventura e suspense, eis uma bela dica de leitura!

Noite Sobre as Águas - Ken Follet 432 páginas - Editora Arqueiro Tom Luther é um industrial americano que acreditava na supremacia branca e que recebe uma missão importante que não poderia falhar. Margareth Oxenford nasceu em berço de ouro. Filha de uma aristocrata rica e de um Marquês, ela nunca teve preocupações com o dinheiro, mas aos 19 anos ela tinha ideias bem diferentes das de seus pais e de sua irmã Elizabeth. Todos acreditavam na superioridade da raça ariana e torciam para que Hitler estabelecesse a ordem no mundo. Margareth sonhava em se livrar da tirania paterna e torcia para que a guerra acontecesse para que ela tivesse a chance de entrar no STA (Serviço Territorial Auxiliar), o exército das mulheres. De casa ela sabia que sentiria falta de seu irmão caçula Percy, que com suas diabruras, aos poucos ia enfrentando o pai. Mas nada aconteceu como ela imaginou, e agora tanto ela quanto sua família estavam se mudando para os EUA, pois com a declaração de guerra entre a Inglaterra e a Alemanha, seu pai poderia ser preso a qualquer momento.

Este é um avião americano, senhor, e temos padrões de comportamento americanos. Exijo que pare de insultar outros passageiros e advirto que tenho poderes para determinar sua prisão e seu confinamento em nossa próxima escala, pela polícia local.

Harry Marks é um belo rapaz que sempre teve muita sorte e pouco interesse no trabalho. Ele vivia através de pequenos golpes, roubando dos ricos para seu próprio uso. Mas um dia "a casa caiu" e Harry teve que deixar às pressas a Inglaterra. Era isso, ou ir para a prisão... Diana Lovesey é uma bela mulher. Casada com o empresário Mervyn, ela sente que sua vida está estagnada e sem emoção, até conhecer o americano Mark Alder, que está de férias em Manchester. Foi amor à primeira vista e logo os dois estavam tendo um caso. Acontece que com a guerra, Mark decide voltar para os EUA, e chama Diana para fugir com ele. Ela só não esperava que seu marido decidisse ir atrás dela... Nancy Lenechan é uma empresária americana que herdou do pai o tino para os negócios. Mesmo sabendo que seu irmão Peter é um zero a esquerda, ela aceita que ele seja o presidente da empresa. Um erro que pode lhe custar a própria empresa. Por isso, é de suma importância que ela chegasse à Boston urgentemente. O Barão Gabon é um homem que acredita na igualdade das pessoas, por isso está fazendo todo o possível para salvar Carl Hatmann, um importante físico alemão das garras do nazismo. Os dois planejam chegar aos EUA embarcando no voo do Clipper. Eddie Deakin é o engenheiro de voo do Clipper, o famoso avião transatlântico da Pan American. O primeiro avião a sobrevoar o Atlântico. Casado com Carol-Ann e prestes a ser pai, se vê em um pesadelo quando recebe um telefonema ameaçador, onde fica sabendo que sua esposa está sendo mantida refém. Para ver Carol-Ann de novo, ele vai precisar fazer um "pequeno serviço" com o Clipper. A vida destas pessoas se cruzam no que poderia ser o último voo civil a sair da Europa antes da guerra. Todos embarcam no Clipper rumo aos EUA, em um voo de 30 horas, o que para a época ainda era muito arriscado. Fora os perigos envolvendo a viagem, estes passageiros ainda tem que lutar com os seus próprios problemas e medos. Todos estão presos neste luxuoso avião sem saberem que uma bomba está prestes a explodir e colocar em risco a vida de todos. Será que eles conseguirão chegar vivos aos EUA?

Disposição dos passageiros no Clipper

Em um enredo cheio de intrigas e segredos, Ken Follett leva o leitor a uma viagem conturbada e cheia de emoções. Para quem não sabe, e isso fica bem explicado no livro, o avião usado no enredo realmente existiu, mas a história aqui é fictícia. Os voos ainda eram perigosos, então imaginem um que cruza o oceano. 

Rota percorrida pelo Clipper

O Clipper era o avião mais luxuoso da época, e sua passagem era o equivalente ao preço de uma pequena casa. Os passageiros da época eram pessoas da realeza, empresários, políticos, ou seja, que detinham o poder financeiro e político.

Durante a guerra, os voos ficaram suspensos.

Ilustração da planta de um Boeing 314 (Clipper)

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