Take 3 e gravando – Por que assistir Rocky

Sei que você pode estar achando esse post estranho logo no início ou se sentindo animada (tudo depende da sua geração), mas depois de finalizar uma maratona desses filmes com meu noivo tive que vir e defender essa série que durou 30 anos e marcou algumas gerações com cenas e diálogos icônicos e inesquecíveis.

Durante os filmes iremos acompanhar a história de Rocky Balboa, um boxeador não profissional que trabalhava para um agiota até ser descoberto no mundo do boxe profissional, sua ascensão na carreira, queda e desfecho são tratados, os filmes marcando a linha de vida e carreira desse personagem tão marcante.

Rocky foge do estereótipo de herói ou mocinho, ele no começo não é muito inteligente nem muito comunicativo, não luta por um ideal nobre ou por dinheiro, possui dificuldades de expressão e fala, seus amigos também não são os representantes da amizade e sua amada também não é de parar o quarteirão, é tímida, inibida e não chama atenção.

Aí vocês vão me perguntar: “Dani, então por que assistir a esse filme??” E eu defendo: por que ele é humano, é real, ele não vende aquele cara bonito, sortudo e que sempre dá certo na vida. Ele mostra um homem do subúrbio que luta e às vezes nem sabe muito o motivo de estar lutando, que quer ter uma família real, não um comercial de margarina e que mostra que no fim o que nos espera nem sempre é a vitória, mas que tudo depende do como você encara o que é vencer.

Assumo que nem tudo são flores, o roteiro não é muito elaborado, alguns diálogos são fracos e as tomadas são simples (afinal temos que levar em conta que o primeiro longa é de 1976), mas é no conjunto que essa série se engrandece, na mensagem final de superação que é fiel a sua própria história e propósito.

Os filmes foram escritos, roteirizados e protagonizados por Sylvester Stallone e esse é outro ponto, assim como acompanhamos a evolução e o envelhecimento do personagem também o fazemos com o próprio ator, percebemos o quanto Sylvester Stallone mudou em seu tempo, mas sempre conseguiu entrar no personagem.

E claro, não posso esquecer de mencionar que ele traz uma das cenas mas conhecidas dos cinemas, a famosa subida da escadaria no final do treinamento (um dia quero fazer a mesma coisa, só que sem correr rs). 

Abaixo um resumo dos seis filmes:

 Rocky – Um lutador (1976)

O primeiro contato e apresentação do personagem, Rocky mora no subúrbio da Philadelphia, sem muita perspectiva ele segue todos os dias sem grandes ambições, apenas tentando se aproximar da irmã de seu amigo por quem tem um interesse, porém sua vida muda drasticamente ao receber um convite de Apollo (campeão dos pesos pesados) para uma disputa de boxe. (Esse é um dos filmes que mais gosto, por ser o primeiro, por apresentar o Rocky tão bem e a luta final é realmente empolgante.)

Rocky II – A revanche (1979)

Após o final da luta com Apollo, Rocky descobre que sofreu graves ferimentos e não pode voltar a lutar, e assim ele tenta retomar sua vida, mas isso não se prova muito fácil e enquanto ele tenta se achar uma situação inesperada pode levá-lo ao ringue mais uma vez. (Tive medo de esse filme ser repetitivo, mas me surpreendi, o roteiro traz surpresas e momentos de ação muito bons.)

Rocky III – O desafio supremo (1982)

Depois de tanto tempo defendendo seu título Rocky decide se aposentar, porém é desafiado e insultado por Mr. T e com isso ele volta aos ringues. O filme é marcado por um evento muito marcante e triste na história do lutador. Uma curiosidade é que foi neste filme que a música tema da série surgiu: Eye of the Tiger. (Esse é um dos filmes mais fracos da série para mim, apesar de ter gostado muito do lado dramático, a parte do treinamento com uma participação do Apollo e a superação mas o que realmente não me empolgou nesse filme foi o adversário de Rocky).

Rocky IV (1985)

Quando se achava que Rocky não voltaria mais para o ringue ele trava uma de suas lutas mais lembradas, contra o campeão soviético Ivan Drago, esse filme é marcado de momentos dramáticos, de reviravoltas e um toque a mais na parte do cenário histórico que rodeava o filme: em plena Guerra Fria Rocky – o representante dos EUA – vai lutar com Drago – representante da União Soviética – resumindo pura tensão. (Esse é meu filme preferido por vários motivos, o drama é bem construído, a parte histórica dá um toque especial e esse filme é um dos que tem a melhor cena de treinamento e luta final.)

Rocky V (1990)

Esse é o filme que traz uma grande reviravolta na vida de Rocky, depois do embate com Drago ele descobre que não pode mais lutar, e como se isso não fosse o bastante ainda perde quase todo o seu dinheiro devido a um contador corrupto. Com isso Rocky volta a suas origens e decide treinar um garoto, mas ainda tem que passar por mais revezes da vida. (Esse é o filme da série que menos gosto, não gostei do garoto nem do desenvolvimento da trama.)

Rocky VI ou Rocky Balboa (2006)

Depois de tanto tempo vemos o retorno da emblemática figura do Rocky, como sua vida seguiu, agora como dono de um restaurante e tendo problemas de relacionamento com seu filho. Com tudo isso algo acende a chama da luta que ainda existe nele e podemos ver o lutador mesmo depois de tanto tempo. (Fiquei com muito medo de não gostar desse filme, afinal foi feito 16 anos depois de seu anterior, mas assumo que mesmo não sendo um de meus favoritos ele me impressionou muito, além de ter um dos melhores diálogos da série).

Com tudo isso só posso dizer que, apesar de parecer simplório, Rocky tem uma boa mensagem e por isso não foi esquecido até hoje.

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