#Resenha As Pedras Élficas de Shannara

Oi amigos, hoje temos maus uma resenha da Olívia. Ela separou para gente o volume 2 da série Shannara. Quem quiser conferir a resenha do volume 1, pode encontrar o link no final da postagem.

As Pedras Élficas de Shannara - vol.02 da série Shannara - Terry Brooks

512 Páginas - Editora Saída de Emergência Brasil 
Depois de ler A Espada de Shannara fiquei muito curiosa pelo segundo livro por ser uma aventura no reino dos elfos. O mundo criado por Terry Brooks é bem diferente do mundo do Tolkien, a magia não está tão moldada nos seres, ela praticamente foi extinta e só uns poucos a possui. Assim, os elfos de Terry não são cheios de magia ou possuem uma capacidade física e mental melhor dos que os humanos. O que tenho a dizer a vocês, é que, isso me chocou! Sempre relaciono elfos com seres que possuem alguma espécie de magia ou dom sobrenatural, então não leia esse livro pensando encontrar isso. Pois não vão encontrar, mas vão se deparar com elfos e sua tradição milenar, cultura e crenças. 

Tudo começa com os Escolhidos entrando nos Jardins da Vida, na cidade Élfica de Arbolon para a saudação da árvore Ellcrys, e Lauren – o mais novo dos Escolhidos – percebe que as folhas da árvore estão manchadas e murchas. Algo que não pode ocorrer, Ellcrys faz parte da Proibição – magia que conteve os demônios que lutaram contra os elfos para dominar o mundo – e se ela está com algum problema isso significa que a Proibição está ruindo e esses poderosos demônios vão escapar, seguir com seu plano inicial de domínio, e vão se deparar com uma nação élfica despreparada para eles, sem magia.
Ellcrys avisa Lauren de que a Proibição está ruindo, ela está morrendo, que o papel dos Escolhidos de cuidar dela pode terminar a qualquer momento e eles devem reverter isso levando sua semente até o Fogossangue para que ela renasça e a magia da Proibição permaneça (gente, a árvore fala! De uma forma diferente, mas fala, amei isso) Só que nesse meio tempo, os três demônios mais forte rompem a Proibição, vão até os Escolhidos e os matam, restando apenas um que não aceitou o chamado de ser uma Escolhida, fugiu e virou as costas para seu povo. Amberle, a neta do Rei Élfico Elessedil.
Um dos personagens do livro anterior percebe o que está ocorrendo com a Ellcrys, e vê a agonia do Rei, e mostra a todos que a única solução é ir atrás de Amberle para reverter o processo de destruição da Ellcrys. Tudo isso vai depender de se ao chegar com ela na árvore, ela a aceite como escolhida, e se Amberle depois de ser tida como uma pária para o povo élfico aceitar retornar e levar a semente da Ellcrys até o Fogossangue – que ninguém sabe onde fica! Um problemão!
Claro, essa só é a trama principal. Os outros personagens são muito bem desenvolvidos, com uma trama intrincada usando a sucessão do reino do primogênito dos filhos de Elessedil, Arion, como forma de apresentar o novo rei Élfico. O trabalho é bem feito, expressa muito a personalidade dos dois príncipes Arion (guerreiro) e Ander (pensador, estrategista), mostrando os erros e acertos de ambos. Amei essa parte, como Ander cresce no decorrer da história, como ele trata seus subalternos, sua paciência e coragem, sua humildade. Nem preciso dizer que fiquei apaixonada pelo caráter do personagem.
O leitor se depara com duas histórias dentro da história, uma no reino dos Elfos e a outra pela busca de Amberle.
Há surpresas, personagens do livro anterior, mas essa aventura se passa 50 anos após a aventura pela busca da Espada de Shannara. É outra ambientação, Eventine Elessedil, Rei Élfico, não está no auge de seu renovo; Flick está presente no livro e desconfiado como sempre, aconselhando seu sobrinho Will Ohmsford, neto de Shea Ohmsford (de a Espada de Shannara). Will não nega sua ascendência élfica e parte para ajudá-los, demonstrando ser uma pessoa de coração grandioso, com um dom maior do que seu avô e possuidor de uma grande coragem. Ele estuda para ser curandeiro com os gnomos. Único que conseguiu tal feito, só os gnomos podem ser curandeiros, mas esse jogo entre poder e ser, é trabalhado o tempo todo no livro. O querer, conquistar e conseguir, não por direito, mas por coração e mérito. Amo essa parte da escrita nesse autor, e ele mostra muito disso.

O que me surpreendeu muito foi descobrir que o povo élfico esqueceu não só da magia, mas de parte de seu povo, e essa parte esquecida os ajuda muito, espero que se surpreendam com os Cavaleiros do Vento tanto quanto eu.
Amei um personagem chamado Stee Jans, humano, mostrou bravura e um desempenho grandioso na guerra ao lado do Príncipe Ander Elessendil. Para mim um humano sobre-humano.
Espero que amem Perk como amei e não posso revelar sua identidade (spoiler). Quando lerem lembre-se de mim e me digam se gostou dele.
Os personagens malvados são demônios, os mais fortes presos: Dagda Mor – demônio que contem um cajado que queima tudo, um poder infernal contido nele e nesse cajado. O Metamorfo – ódio desse personagem, já que ele matava para tomar a forma. Preparem-se para mortes. O Ceifador – Demônio da Morte – nem preciso dizer mais nada né! Esses três espalham o terror onde passam.
Por fim, amei o livro quase como um todo (se não fosse o final). Queria que o final fosse diferente, mas não foi. Meu coração doeu, doeu, doeu! Esse autor não é daqueles que gosta de tudo muito feliz... mas, foi um final digno. Compensa ser lido, gostei mais do que do livro anterior. E, estou querendo muito ler o próximo livro, cabe a editora lançar para que faça minha próxima resenha!
Uma ótima aventura, com direito a magia não da forma que muitas vezes temos nos livros, de forma moderada mas o bastante para encantar e nos maravilhar pelas Terras de Shannara.
Para quem quiser conferir minha opinião do volume 1 da série, pode clicar na imagem abaixo:

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