4 de novembro de 2014

#Resenha A Passarinha


Oi amigos, hoje eu tenho o prazer de postar a primeira resenha da mais nova resenhista do blog. O nome dela é Olívia e espero que a recebam com muito carinho e comentários...
 A Passarinha - Kathryn Erskine
224 página - Editora Valentina

Nada torna a leitura tão prazerosa quando os fatos e emoções se juntam de tal forma que traz a tona à realidade do que está sendo lido por abordar temáticas reais vividas por todos nós, mesmo se tratando de uma obra de ficção. Esse livro é mais do que uma lição de vida, é a junção perfeita de temas atuais em uma história encantadora!
Caitlin, uma pré-adolescente de 11 anos vê sua vida transformada por causa de um massacre que ocorre na escola de Josh, seu irmão, no qual ele perde a vida juntamente com outras pessoas da escola. Por estar inclusa dentro do espectro autista como portadora da Síndrome de Asperger e o único que a ajudava está agora morto, ela se vê sozinha com seu pai e sem ninguém para lhe ensinar como se relacionar, já que pessoas Aspergers não reconhecem expressões fisionômicas, falham por completo nas relações sociais e possuem suas estereotipias. 

"Ele vira a cabeça para mim e sussurra, Perdedora.
Eu sei, digo para ele, mas vou continuar tentando." 

Com todos seus problemas, pode-se imaginar que a personagem Caitlin seja construída encima do derrotismo ou pessimismo, mas não é assim, ela mostra para todos que o continuar na vida vale muito mais do que ficar parado se lamentando e dar um desfecho para cada situação nos constitui em pessoas melhores.
A narrativa se dá em primeira pessoa, sob a visão de Caitlin. Uma escrita simples, com uma história elaborada abordando temas como o Autismo, Discriminação, Segregação, Arrogância, Desamor, e que a intervenção precoce pode surtir um efeito positivo naqueles que muitas vezes são mal compreendidos e interpretados pelo mundo.
É um livro pequeno, que em poucas páginas a autora consegue alcançar a todos com o jeito diferente de Caitlin ver a vida e por sua tentativa de superar os próprios problemas. Simplesmente lindo e perfeito! Esse livro deveria ser lido por toda pessoa para que compreenda que o diferente, esquisito, estranho ensina mais do que uma pessoa tida por Normal. 

"Faço que não. Acho que eu não vou gostar nada disso. Acho que vai doer. Mas talvez depois da dor eu consiga fazer uma coisa boa e forte e bonita de tudo isso. Que nem papai falou do armário."

5 estrelas

Beijos, Olívia.
  
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