7 de outubro de 2014

#Resenha Se Eu Ficar


Oi amigos, hoje tem para vocês mais uma resenha que a querida Rudy nos reservou. Vamos conferir?

Se Eu Ficar - Gayle Forman
224 páginas - Editora Novo Conceito

Seguinte... o livro é um drama pessoal intenso e a meu ver, a análise da leitura dependerá dos valores pessoais de cada um. Por que digo isso? Porque o livro é carregado de sentimentos familiares, perda, dúvidas, futuro, sacrifício e amor.
No meu caso, como sou bem apegada à família, vivi intensamente os sentimentos da protagonista e confesso que teria os mesmos dilemas vividos por ela. Afinal, qual o sentido de se voltar a vida quando tudo sua família, os maiores amores de sua vida, estão mortos? Ao mesmo tempo, por que não voltar para dois grandes amores: a música e o namorado fofo? Dilema constante no livro e que em certo ponto, ficou até cansativo, porém compreensível. A meu ver o único ponto negativo, além do final, que esperei ser mais direto e a autora deixou um tanto aberto.
 
”Observo enquanto ele aquece as minhas mãos, do jeito que ele sempre fez. Penso na primeira vez em que ele fez isso, na escola, sentado no gramado, como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo. Lembro-me também da primeira vez que ele fez isso na frente dos meus pais." (pág. 163) 
 
O livro é intenso como a maioria dos dramas o são, o diferencial que é algo tão pessoal e intrínseco que nas poucas páginas do livro, nos tornamos reféns do amor adolescente e incentivador, das dúvidas pessoais da protagonista e da grande responsabilidade que tem em decidir seu próprio futuro em apenas 24h...
Confesso que chorei em algumas passagens comoventes e vi também em alguns momentos, meus lábios se alargarem em pequenos sorrisos, o que aliviou um pouco a tensão. Devorei o livro em uma tarde e terminei com um sentimento de reflexão sobre a vida, sobre como viver cada instante como se fosse o último, de dizer mais EU TE AMO para aqueles que me são caros, porque em qualquer esquina da vida, o destino pode vir e nos roubar a vida de forma inusitada e cruel.

“Dei risada. O que ele disse não deixava de ser verdade. Nas poucas semanas em que estávamos juntos, não havíamos feito nada muito além de nos beijar. E não que eu fosse algum tipo de puritana. Eu era virgem, mas certamente não fazia questão de continuar assim.” (pág. 51)

A autora soube conduzir o livro de forma maestral, abordando os temas delicados e até certo ponto simples e corriqueiro, nos induzindo a reflexões profundas e mudando nossa percepção sobre nossas atitudes e sobre a vida.
  
NOTA4,20 de 5,00 

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