Somos Todos Iguais

Oi amigos, hoje seria dia de mais uma Dica Cultural, mas vou mudar um pouquinho e tenho certeza que vocês vão entender, pois é por uma boa causa. Estamos em 2014, pleno século 21, já passamos por 2 grandes guerras mundias, conseguimos erradicar algumas doenças, fizemos descobertas científicas importantes, e temos a cada dia mais tecnologia que facilitam e unem pessoas ao redor do mundo. Estamos vivendo os XXII Jogos de Inverno, temos olimpíadas e paraolimpíadas e sabemos que o esporte é um grande incentivador não só para uma saúde melhor, mas também um trampolim para unir povos e superar limites Agora como explicar o fato que aconteceu em um jogo da Libertadores entre  Real Garcilaso e Cruzeiro? Para quem não sabe, o Cruzeiro, time mineiro que representa o Brasil foi ao Peru jogar contra o Real Garciliaso. No segundo tempo da partida, quando o jogador Tinga entrou em campo, a torcida adversária fez uma papagaiada sem tamanho. Com vaias, ofensas e até gestos que imitavam o macaco eram vistos e ouvidos toda vez que o jogador brasileiro tocava na bola. Uma palhaçada sem tamanho e que revoltou a todos que tem um mínimo de neurônio funcionando. Não foi o Cruzeiro que perdeu o jogo, foi a humanidade que perdeu com mais uma demonstração de intolerância. Rapidamente vieram apoio de todos os lados ao atleta. Mesmo os jogadores adversários pediram perdão pela atrocidade de seus torcedores. O Atlético Mineiro, rival do Cruzeiro também apoiou o atleta. Todas as redes sociais tiveram mensagens de apoio e um NÃO ao racismo. Nossa presidente afirmou que junto com a FIFA e a ONU vamos fazer uma Copa contra o racismo.

CBF em campanha contra o racismo.  Imagem retirada da internet

Esta não foi a primeira vez que surgiram casos de racismo no futebol, lá no início dos tempos futebolísticos, o esporte era um esporte de elite, e por isso os negros não eram bem vindos. Tudo bem outros tempos, época de escravidão, etc e tal, mas fato é que este mal se repete continuamente. Em 2005, Grafite, então jogador do São Paulo, também sofreu racismo ao jogar contra a Argentina, desta vez a ofensa veio de um zagueiro. No episódio, o jogador argentino chegou a ser preso. Uma das cenas mais triste aconteceu em 2005, quando em um jogo na Itália entre Inter de Milão e Messina, o jogador Marc Zoro passou a ouvir músicas com teor racistas vindo das arquibancadas. O jogador chorou e até pegou a bola para deixar o jogo, mas foi acalmado pelos jogadores adversários e voltou ao campo.

Marc Zoro querendo sair de campo. Imagem retirada da internet

Como podem ver, este mal cisma em reaparecer e bem no meio de um esporte que é uma paixão. Mas não pensem vocês que isso acontece só no futebol. Em 2011, em um jogo de voley entre Sada/Cruzeiro e Vôlei Futuro , a torcida mineira gritou ofensas homofóbicas ao jogador Michael, então do Volei Futura que é assumidamente gay. No jogo de volta, em Araçatuba, a resposta ao preconceito foi clara: bastões rosa com o nome de Michael foram distribuídos aos torcedores e coloriram as arquibancadas, o oposto Leandro Vissoto utilizou uma proteção rosa em sua mão esquerda, o líbero Mário Júnior vestiu uma camisa ‘arco-íris’. Os gandulas também estavam com camisetas rosa, portando mensagens contra preconceito sexual.

Time de Michael mostrando apoio ao atleta.  Imagem retirada da internet

Torcida em apoio ao Michael.  Imagem retirada da internet

Com certeza eu ficaria dias postando exemplos deste tipo no esporte, isso sem levar em conta o que acontece no nosso dia a dia. Não importa qual seja o esporte, ou o local, somos todos iguais uns aos outros.  Por um mundo sem preconceito, sem intolerância, sem racismo, este é o meu sonho.

Meu branco e meu preto. Imagem de arquivo pessoal

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