Oi amigos, hoje a resenha do Desafio Literário 2013 é da nossa querida amiga Gladys e é referente ao mês de junho. Vamos ver o que ela escolheu para o mês:
Olá pessoal, tudo bem?
Peço desculpas a minha amiga Rose e a vocês pela demora em enviar essa resenha, pois foi difícil “digerir” a leitura.
Tenho um pouco de dificuldade em classificar algumas leituras, são tantos estilos e sub estilos que, sinceramente, em alguns fico confusa, rsrs.
Para junho, precisei consultar a lista de indicados no site do desafio literário 2013. Diante das opções, a minha escolha para o mês era outra, mas como o mês foi mais corrido do que esperava, resolvi pegar um livro com menos páginas, para poder lê-lo na última semana de junho. Não disse que foi um mês agitado???
A trama em alguns pontos me deixou confusa, a começar pelo título. Na primeira página já sabemos que a protagonista, Florence, aprendeu a ler sozinha. Autodidata a menina heim!
Fui pesquisar e descobrir que o título original é "Florence and Giles". Com certeza tem bem mais relação com a trama, visto que Florence e Giles são meio irmãos e tudo que ocorre no decorrer da trama é devido ao parentesco dos dois.
Florence e Giles são órfãos e moram em uma casa batizada de “Blithe House”, acho interessante os ingleses darem nomes as suas residências. Ao longo da trama a protagonista se refere à residência pelo “nome” e até parece que está falando de uma pessoa e não de um local. Coisas de ingleses, hehe.
Voltando a trama, Florence e Giles moram com alguns empregados em Blithe House custeados pelo tio, que não aparece hora nenhuma. Apenas faz-se menção do sujeito, mas ele é uma incógnita.
Os meninos vivem praticamente abandonados à própria sorte, principalmente Florence que não foi alfabetizada de propósito, a mando do tio misterioso. Para entender melhor esse contexto, pense na sociedade da Nova Inglaterra de 1891, época em que se passa a trama.
Nesse mundinho restrito Florence descobre a biblioteca da casa. Nessa parte fiquei bem interessada, pois a menina aprendeu a ler assim. Fiquei pensando, será que conseguiria esse feito também? Aprender a ler, e até outros idiomas, só percebendo os sons das letras e observando quando alguém escreve... Isso me fez refletir bastante.
Mas Florence não pode usufruir da leitura abertamente, já que o tio “Gasparzinho”, rsrs, nem pode sonhar com uma sobrinha alfabetizada. Não contarei o porquê dessa decisão extremista por parte do tio.
Nossa protagonista tem que fazer várias peripécias para adentrar a biblioteca e usufruir de seus deleites literários. Como Florence vive negligenciada é claro que consegue
fazê-lo. Mas seus momentos literários sofrem ameaças, pois o único vizinho que se preocupa em visitá-los é apaixonado por Florence e quer vê-la todos os dias.
Nem preciso dizer que entre a biblioteca e Théo, o pobrezinho perde feio, né! Senti pena desse menino em várias ocasiões. Acho que foi o personagem que mais gostei. Mas você pode estar se perguntando: - Mas como assim?! E Florence, não foi a preferida? Respondo: - Definitivamente não!
Florence é uma personagem diferente de tudo que já li. Assim que descobri que ela sabe ler e ainda cita vários autores e suas obras, pensei que gostaria muito da mesma, mas depois das suas ações e principalmente do final, minha simpatia por ela desvaneceu.
Giles não tem a sua educação negligenciada, pelo contrário, é muito incentivado a estudar. Tanto que é enviado a um colégio interno. Mas não é tão dotado como sua meio irmã e então é devolvido para Blithe House e aconselhado a estudar com um tutor.
Nesse interim, o tio “incógnita” contrata uma preceptora, em Londres, e a envia para educar Giles. A princípio as crianças não gostam da ideia, mas aceitam a situação, só que ocorre um contratempo, não contarei qual (leiam para saber, haha) e uma nova preceptora é enviada para Blithe House.
É agora que a trama ganha forma! Florence deixa transparecer a sua personalidade inusitada. Algo que não esperava nessa trama, foi a nuance sobrenatural que o autor inseriu. Acho que foi isso que não me fez curtir a trama, as coisas meio que desandaram e ficou surreal.
Ao ler a sinopse esperava algo totalmente diferente. Fiquei decepcionada... Com a sensação de que, quem fez a sinopse não leu o livro!
Terminei a leitura com vários questionamentos e sem respostas. Para saciar minha curiosidade só se o autor fizesse uma continuação, mas acredito que não irá acontecer. Em minha opinião, o autor criou tudo propositalmente para que o leitor ficasse realmente com todas essas interrogações no final da trama.
Enfim, “A Menina que não sabia ler” é uma leitura diferente, densa e até assustadora em alguns momentos. Se o objetivo do autor, era criar algo diferente do que vemos ultimamente, conseguiu. Mas é uma pena que se perdeu nessa “viagem” toda. Poderia ter respondido aos questionamentos da sinopse e os demais que surgem no desenrolar da trama.
É um livro que gostaria que fosse adaptado para os cinemas. Creio que sua fórmula se adaptasse melhor as telonas do que as páginas, mas é apenas a minha opinião e não quer dizer que seja a correta, não é mesmo? ;)
Bem, é isso! Espero que tenha conseguido passar minha impressão dessa leitura e gostaria de saber a opinião de vocês! Leram ou pretendem ler?
Fiquem com Deus e até a próxima leitura.
Gladys Sena.
É um prazer receber suas resenhas. Eu ainda não li este livro, mas sempre vejo comentários bem positivos sobre ele. E vocês, já leram? O que acharam?
Ah, esta resenha já está fazendo parte da Promoção Resenha do Leitor e estará concorrendo o o nº 01.
Eu já li o livro, não é ruim, o problema nesta estoria é a Florence... Concluindo a garota é maluca e os livros só agravaram.
ResponderExcluirComo sou fã de estórias surreais, gostei da Florence, mas confesso que cheguei a ficar assustada com certas atitudes dela. Eu gostei do livro, só não dei cinco estrelas para ele, porque o final deixou muitas perguntas sem respostas.
ResponderExcluirO final foi uma grande lacuna né!
ResponderExcluirSe pelo menos respondesse as questões da sinopse, teria curtido mais a leitura.
Obrigada por seu comentário, :)
Bjo!
Ainda não sei se a Florence é maluca, Yassui.
ResponderExcluirSe o intuito era uma trama sobrenatural, com certeza ela não é. Mas se o objetivo era outro, ela tinha sérios problemas... complicado, né! rsrs
Bjo!
Oi Rose, Gladys, eu não pretendo ler esse livro! simplesmente não é algo que me chame a atenção tão de cara, as vezes esses livros que saem do padrão ficam muito malucos, e me deixam frustrada pois perdem o sentido e me sinto no vácuo, que nem boba no fim da leitura sem respostas
ResponderExcluirIsso realmente pode ocorrer às vezes, mas tem livro que vale a pena arriscar.
ResponderExcluirBjs, Rose.
Fiquei mais curiosa ainda...
ResponderExcluirBjs, Rose.
Ai gente, vocês estão aumentando minha curiosidade!
ResponderExcluirBjs, Rose.
Eu não consegui identificar este ponto sobrenatural, para mim tudo não passou de algo fantasioso da parte da Florence, o fato é, após sua chegada ao universo literário a imaginação dela floresceu de um jeito negativo, suas atitudes foram influência do medo, medo perder. Cheguei á conclusão de alguns fatos, mas não posso falar aqui...hehehe SPOILER!
ResponderExcluirMata a curiosidade, lendo! hahaha
ResponderExcluirA parte sobrenatural seria como se a Florence tivesse tido uma "premonição" de tudo e fosse a "salvadora", entendeu?
ResponderExcluirFica difícil comentar por justamente não ter como fazê-lo sem spoilers, rsrs
Tenho algumas teorias que debati com a Kátia.
Oi Thaila!
ResponderExcluirMenina comprei esse livro por causa do título, se soubesse um pouco mais era provável não ter adquirido, rsrs.
Mas é uma leitura que vale, justamente, pela diferença em sua premissa e fugir do comum que vemos ultimamente.
E acredito que esse foi o intuito do autor, instigar a percepção de cada leitor na elaboração do final.
Bjo!
kkkkkkkkkkk
ResponderExcluirVocês duas hoje tiraram a noite...
ResponderExcluirBjs, Rose.
Excelente resenha, Gladys!
ResponderExcluirMinha impressão é que o título pegou carona na 'Menina que roubava livros', porque depois do grande sucesso de Zusak, apareceram alguns 'A menina que'..., rsrs... Já temos um recém-lançado 'A menina que semeava', haha... Será que estou certa?
Achei a história curiosa a princípio e até desejei este livro, mas as resenhas que li não eram empolgadas e acabei desistindo.
Uma coisa importante que você citou é o momento em que o sobrenatural entra na narrativa. Particularmente não curto, mas tem histórias que inserem esse elemento tão bem que não questionamos e até entendemos o que o autor quis dizer.
Não gostei de saber que, a certa altura da leitura, a menina nos desanima, perde o 'encanto'. Ah... tão ruim quando a protagonista se distancia do leitor!
Que bom que você manteve o mistério que a trama merece! Com isso minha curiosidade aumentou...
Acho que daria, sim, uma chance ao livro depois de ler sua resenha. Prmeiro porque é curtinho, pouco mais de 200 páginas. Segundo, por conta do que você chamou de 'assustador'... o que será? Quem é esse tio e qal seu propósito? Não me custa dar uma conferida!
Nossa Manu, vc comentou com gosto, heim! rsrs
ResponderExcluirObrigada e se puder leia.
Bjo!
Oi Manu, também acho que não custa dar uma conferida.
ResponderExcluirBjs, Rose.
Antes da sua resenha eu não dava muito pelo livro não. Sempre achei a capa bonita, mas não era uma estória que me interessava muito. Só que você detalhou bem a trama e pontos legais do livro. Quando tiver de promoção de novo, dessa vez eu compro.
ResponderExcluirBjs, @dnisin
www.seja-cult.com
Oi Denise, a Gladys caprichou mesmo nesta resenha.
ResponderExcluirBjs, Rose.
A capa desse livro é muito linda!! Ainda não tinha lido nenhuma resenha desse livro, mas confesso que fiquei um pouco desapontada com a história.....quem sabe um dia leio!!
ResponderExcluirParabéns pela resenha
Leia sim Vanessa, afinal os livros são encarados de formas diferentes.
ResponderExcluirBjs, Rose.
li o volume 1 e 2 o primeiro deixa um final meio estranho como se estivesse inacabado. ja o segundo e muito bom no começo é confuso mas no decorrer da trama tudo se encaixa e o final é surpreendente fiquei com gosto de quero mais. é isso um estilo diferente de livro ma é otimo expandir horizontes. realmente ansiosa para o terceiro livro...
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