Segundo os dicionários, justiça quer dizer conformidade com o direito; virtude de dar a cada um o que é seu. Jesus, no entanto, se referiu à justiça, recomendando que fizéssemos ao próximo o que gostaríamos que o próximo nos fizesse.
Todavia, nós, que tantas vezes temos cobrado da divindade que sacie a nossa sede de justiça, se analisarmos profundamente, não estamos verdadeiramente com sede de justiça, no real sentido do termo.
No convívio diário, muitas vezes nos surpreendemos agindo de forma injusta.
O trato com as pessoas que nos rodeiam é diferenciado conforme a posição social ou financeira, de subalternidade ou de autoridade, de que cada uma esteja investida.
Se nos dirigimos à serviçal que faz a faxina, por exemplo, falamos de determinada forma, num tom de voz e atenção distintos dos que empregamos para falar com pessoas que ocupam cargos que, a nosso ver, são mais importantes.
Se a pessoa que nos procura está vestida com trajes elegantes, mesmo que não saibamos de quem se trate, a nossa deferência é imediata. Mas, se está envolta em andrajos, bem diferente é a nossa atenção.
Outro exemplo, é quando nosso veículo começa a demonstrar sinais de que em breve terá o motor fundido. Qual a primeira idéia que nos vem à mente?
Se fossemos pessoas justas, certamente faríamos uma boa revisão reparando os danos e, ao ofertá-lo a alguém, no caso de venda, falaríamos a verdade ao comprador.
Mas o que normalmente ocorre é a ideia de passá-lo adiante o mais rápido possível. E quem comprá-lo que fique com o prejuízo, afinal o mundo é dos espertos, pensamos. E nos dizemos pessoas justas!
Se o inverso acontece conosco, imediatamente nos indignamos diante do que chamamos uma grande desonestidade. Como pode alguém nos vender um veículo prestes a fundir o motor? Que injustiça!
Se observamos os governantes corruptos a tirar vantagens pessoais com os recursos públicos, imediatamente levantamos a voz e clamamos por justiça.
Mas quantos de nós compramos atestados falsos, para ludibriar o patrão e receber o salário integral?
Usamos, nos vários momentos, dois pesos e duas medidas. E como nos conhecemos, sabemos porque agimos dessa maneira. Sabemos quais são as nossas verdadeiras intenções.
Assim, podemos nos perguntar: será que temos mesmo sede de justiça? Ou será que nos pesos e medidas só temos pensado em nós mesmos?
Oi Rose!
ResponderExcluirPuxa é verdade mesmo, a gente sempre tende a ver a justiça de fora ou para beneficiar um dano conosco mas as vezes gestos tão simples nos dizem que somos injustos.
Beijos
Amanda
leiturahot.blogspot.com
Olá! Nossa, adorei esse post. Sem querer julgar alguém, mas na mesma hora lembrei de um cado de gente (inclusive eu, para a minha vergonha). Realmente, hoje em dia o mundo lotado de pessoas assim, que só querem ver o próprio lado e se esquecem do próximo. É complicado demais!
ResponderExcluirBelo texto!
ResponderExcluirE todos acham mais fácil julgar do que ser julgados né?
^.^
Parece algo da própria natureza humana.
ResponderExcluirBjs, Rose.
Realmente é muito difícil, e vez o outra mesmo não querendo fazemos injustiças.
ResponderExcluirBjs, Rose.
Sem dúvida, sempre esquecemos que nosso telhado é de vidro.
ResponderExcluirBjs, Rose.