14 de outubro de 2010

Questão de Opinião

 Desde a semana passada tenho lido ou visto notícias sobre adoção, mas uma que me chamou mais atenção e que mistura dois assuntos distintos e polêmicos foi um que eu vi na Ana Maria Braga, onde ela falou sobre o casamento gay e a adoção de crianças por estes casais.
Tanto em um caso como no outro, sou a favor, no primeiro não vejo porque os casais gays não podem ter seu direito ao casamento, afinal se já partilham uma vida juntos, porque então não legalizar e assim garantir os direitos ao seu parceiro, assim como ocorre nos casamentos heteros. 
Afinal, houve vários casos onde os casais construiram uma vida juntos e depois da morte do parceiro o que continuou vivo viu a família do parceiro  falecido levar embora tudo que de direito era seu. Isso é justiça? Na minha opinião não. Muitas destas famílias nem falavam com o ente falacido devido a sua opção sexual. Se hoje em dia até as amantes tem seus direitos defendidos pela lei, porque não garantir este direito aos casais gays? Por hipocrisia? A opção sexual é problema de cada um, mas o direito deve ser defendido independente disso.
Para o segundo caso também sou totalamente a favor, afinal, não é a opção sexual da pessoa que vai fazê-la melhor ou pior que ninguém. Quantos casais heteros temos pelo mundo que maltratam e abusam de seus filhos? Não que isso não possa acontecer com um gay, mas também não quer dizer que por ser gay vá acontecer. A pessoa ou o casal que se candidata a uma adoção deve ser analisada não por sua opção sexual, mas por sua aptidão para ter e cuidar de uma criança. 
Sem falar que a maioria destes casais querem um filho, independente de sua cor, idade ou históricos, pois como poucos, sabem como é viver sob a fachada do preconceito, e por conta disso, não têm preconceitos em adotar crianças cujo o biotipo é diferente do seu, como ocorre com muitos casais candidatos a adoção, que querem meninas, loiras, olhos claros e na maioria recém nascidas. Não é a toa que várias crianças crescem sem saber o que é um lar.
Um filho adotivo, é um filho escolhido pelo coração, é um filho que você olha e seu coração lhe diz: "é ele!" O coração não vê a cor, o sexo ou a idade da criança, vê apenas a criança. Eu tenho pretensões de adotar um filho, não agora, mais para frente e sei que quando este dia chegar, vai ser meu coração que vai escolher,  e não conceitos pré estabelecidos.
Que a justiça olhe com carinho para estes casos que pipocam pelo Brasil afora, e que saiba dosar o lema: "a justiça é igual para todos", pois somos todos cidadãos com direitos e deveres, então porque os gays também não podem ter seus direitos e deveres respeitados? E que nossas crianças que estão a espera de uma adoção, possam contar com o coração aberto de pais ansiosos por filhos. e que a justiça facilite este caminho, seja para casais homo, ou para casais heteros, mas para pessoas aptas a serem pais.



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